sábado, 31 de julho de 2010

Um dia em nossas vidas. (Por Kkampus)


Eu sento na minha varanda, e pra ser poético, num dia frio, quando faz um calor miserave (é miserave mermo! Pra se saber o quanto tá quente) ; espero as horas passar fumando um cachimbo hipotético , bebendo um dezoito anos numa lata de água tonica (uma cerveja pegaria bem, mas estou de plantão) e quanto de poesia ou prosa vem nesse momento? Só a própria vida, com seus projetos, com seus anseios, com seus enganos, com a verdade, com suas imperfeições, com a saudade, com a presença infinitamente bela dos  filhos, com a adolescência perdida, com o cheiro ainda da inocência, com o romantismo dos meus vinte anos (duas vezes vinte anos), com um amor à minha  loucura , que insisto em manter para ninguém ousar-me curar (parece frase do Parafernálias), com um cadinho de inspiração, palhaço a brincar com as palavras.
Escrever é navegar, vocês já sabiam que eu usar o trocadilho de Fernando (também sou íntimo Hugo) “navegar é preciso”.E preciso muito, pois meus sonhos , dos quais a maldade do mundo não deixa ; precisa desta realização, dessa forma absurda, de construir os parágrafos. Mas a precisão de Pessoa , lê-se exato, enaltece a navegação, de tantos heróis bandidos, que vieram pilhar, que mataram os índios das Américas , em nome de Cristo. Sou Mapuche, sou Inca, sou Maia, sou Guajajara, sou Awe, sou Timbira. Mas também sou de Gaia, de Pangeia. Ouço uma canção de revolução, uní-vos numa canção paraguaia: irmãos quase dizimados. “Gracias a La vida“, Mercedes! Gracias por teus tambores e pífanos. Obrigado Alfredo de Viçosa! Vivas a Ariano Suassuna! Vivas a Sergio Buarque de Holanda e sua prole! “Minha alma de sonhar-te anda perdida”, Gullar. Mudou a faixa e agora toca Fagner, Elomar, Vital , Zé Ramalho e Geraldinho. Um abraço em João do Vale,de Pedreiras.
Encontro-me calmo, sereno,os gases lacrimogênios do Clube da Esquina.”Nesse clube a gente sozinho se vê,pela ultima vez, a espera do dia, naquela calçada , fugindo pra outro lugar”.Que bom que existe música, assim os sentimentos humanos se tornam mais solidários, menos complicado para um velho poeta, caçar as palavras.
Fumega o café no bule, coado numa cueca velha; a borra no fundo da caneca de esmalte, e aquele amassado  beiço , (um mendigo bebeu  na piada) . A insônia piora. Se estivesse em Cedral comeria a pamonha na folha de bananeira na casa de Princesa de Da Luz. Parece que vi uma estrela cadente, mas não deu tempo de confirmar; seria um drible do cansaço, um piscar de ilusão. Era uma estrela cadente, eu sei! Ou seria um avião, Biba?! Talvez!?
A lua já se caminha para se tornar um Cê, onde posso armar uma rede, e me embalar lendo um livro. Qual livro? Um que tenha letras, um bocado de frases, um tantão de estórias, verdadeiras ou não. Poderia ser do Saramago ou de Marcelo Gleiser, Mas se fosse de rimas, teria que ser do Neruda ou do poeta de urano,poeta da existência, Nauro Machado.
A barra do dia desponta, a menina do andar de cima chegou, apertou a minha campainha errada; nem tomou do café, pediu desculpas sorrindo, como que mendigando um beijo lascivo de bom dia. Só tomei suas mãos, lhe ofertei um ósculo nos dedos:Don Juan De Marco! “Volver a Los Deizessete”, de novo!
Tomo minha bicicleta, faço meus diários nas vielas da cidade; ainda boêmios na lagoa. Sigo até a Litorânea, enfio meus pés na água. O frescor da maré. Segue uma vela no horizonte, bem perto de Alcântara. Penso...pois pensar é estar vivo; a última coisa que quero é ser racional, descarto essa idéia: Durmo na areia.
“E os urubus passeiam a tarde inteira entre os girassóis.” Acordo feliz!
  

Quem é bom já nasce feito?

Não há maneira de se responder a essa pergunta sem criarmos uma polêmica. Ha muito, tenho observado que o medo de corrermos risco de sermos alvos de conceitos levianos ao nosso respeito, tem nos afastado de assumirmos posições. Ha uma censura mascarada, mas imposta, que nos proíbe de formamos conceitos. Tudo de um tempo para cá passou a chamar-se preconceito. Isso é muito cruel, isso é burrice, ignorância pura. Estamos proíbidos de não gostarmos de coisa "A", de adorarmos o objeto "B", e por aí vai. O que é cruel é o desgaste a que nos atrelamos para termos que explicar nossas opiniões, conceitos... Quando é o ouvinte, quase sempre  pré carregado de uma imensa carga de crítica, e desprovido da arte de separar as coisas então é um caos. Você entenderia se eu chamasse o Maradona pra jogar no meu time, mas não o convidasse para o churrasco em minha casa? É mais ou menos por aí. E quando quem fala sente uma enorme necessidade de ser compreendido? Ufa! aí então é um pavor. É um ciclo infinito de opinião, explicação, opinião, explicação... Mas por outro lado quem possui uma visão mais ampla sobre fatos, acaba desenvolvendo uma outra arte, a arte da compaixão que é o avesso da falsidade. Ou melhor: Ou é compaixão ou é covardia, prefiro a primeira opção. Se eu, por acaso soubesse responder a pergunta deste título, certamente não responderia. Mas não por compaixão, mas por pura covardia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Falsas Indignações. (Por Kkampus)


Falsas Indignações.

Desde quando o esporte é permeado de interesses econômicos ou políticos? Diria desde sempre, mas a crise moral que se instalou com a globalização tornou esta influencia menos velada , e de instalação bem mais rápida, como todo os maus costumes  desta política neoliberal, faceta mais cruel do capitalismo selvagem, imposto pelos impérios dominadores.
 Quantas decisões de fórum íntimo, na vida, são realizadas contra nossa vontade, por compreender que muitas das vezes não temos o controle, que temos que aceitar a hierarquia? Quantos não já ouviram a frase nojenta: “Manda quem pode e obedece quem tem juízo!”, este mote preferido de bandidos e seus capachos. Então como condenar Felipe Massa ou Nelsinho Piquet ou mesmo Rubinho, que passaram por situações semelhantes? O mundo é das empresas, das grandes empresas, que estão inclusive acima de governos. O que está por trás de Fernando Alonso? Na última Copa do Mundo de futebol, antes de iniciar parecia que já se sabia quem iria ganhar; a imprensa só errou que o Brasil é que perderia para Espanha; fomos tão ruins que nem valorizamos o esquema de sermos vice, nem técnico levamos. Repito, o esporte é comandado por empresários e políticos. Há muito se fala  na transmissão do circo da fórmula um; literalmente é um circo, mas nós ficamos na condição de palhaços num jogo de cartas marcadas, onde está tudo armado e os vencedores já foram escolhidos. Pode ter certeza que o maior banco do mundo tem muita força e não vai medir esforços, lícitos ou não, para fazer Alonso, seu pupilo da pátria, novamente campeão.
“Não há almoço de graça!” . Assim atrás do patrocínio há sempre uma troca de interesse.
Eu trabalho numa profissão e vejo pessoas se venderem por pouco dinheiro, trocando sua competência por acordos imorais com empresários, com a industria farmacêutica e de equipamentos médicos. Isso está entranhado em todas as profissões, e dificulta muito os processos de evolução político-social.. E quem não aceita o esquema está mal fadado a amargar o ocaso, ou então “só roerá o osso”. Mas, “o inferno são os outros!“. Então, esqueçamos as falsas indignações e viva-se a vida, que em sua melhor tradução_ é uma grande hipocrisia.
Três vivas ao Banco Santander!

Wesley C Campos - Médico, poeta, músico. É colaborador do "Parafernálias" e assina a Coluna Kkampus 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O peso que a gente leva..


Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?
As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?
Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.
É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.
E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.
É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve. (Fábio de Melo, 16/06/2009)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Humor pra descontrair

EU PEDI CARNE, O FELIPE MASSA
EU USO FACA, O JOSÉ SERRA.
EU JOGO NA QUINA, O AYRTON SENNA
EU DISSE "MEU DEUS!", O OSWALDO CRUZ.
EU QUERO GUERRA, A BÁRBARA PAZ
EU QUEBRO PRÉDIOS, A TATI QUEBRA BARRACO
EU FALO BONITA, O MIGUEL FALABELA
EU GOSTO DO BATMAN, O LUCIANO HULCK
EU SOU BRASILEIRO, O RENATO RUSSO.
EU NÃO ESTIVE LÁ, MAS A ADRIANA ESTEVES
EU GOSTO DO CHAPOLIN, O HUGO CHAVEZ
EU ANDO DE ONIBUS, O JAMES BOND
EU PINTO RETRATO, O JANIO QUADROS

EU BEBO CAFÉ, A CLAUDIA LEITE

EU USO SHAMPOO SEDA, O ÉRIC JOHNSON

EU COMO MAÇÃ, A DANI BANANINHA

EU NÃO FAÇO, MAS A BETH FARIA

O MEU ACORDA TARDE, O SEU MADRUGA

EU GOSTO DE CEREJA, A CAMILA PITANGA

EU GOSTO DE VINHO TINTO, A DEBORA SECO

EU NÃO QUERIA, MAS A CASSIA KISS

EU ME CASO ANO QUE VEM, A MARJORIE ESTIANO

EU ANDO DE GOL, O DEDÉ SANTANA

EU TORÇO PELO FLAMENGO, A ANA BOTAFOGO
EU JOGO NO VASCO, O SILVIO SANTOS.
EU TENHO CASA PEQUENA, O CARLOS CASAGRANDE.
EU JÁ VI CICLONE, A HILDA FURACÃO E O TONY TORNADO.
EU COMO TORRESMO, O KEVIN BACON
EU QUERIA ME CHAMAR FRANCISCO, O ERASMO CARLOS
EU VENDO XÍCARA, A GLÓRIA PIRES
EU SOU DA CIDADE, O MARTINHO DA VILA
EU SOU DA FLORESTA , A VANESSA DA MATA
O PATETA USA TECLADO, O MICKEY MOUSE
EU ESTUDO TUBARÃO, A CLÁUDIA RAIA
EU GOSTO DO INVERNO, A VERA VERÃO
EU USO BOMBRIL, O BOB ESPONJA
EU CRIO GALINHA, O PAULO COELHO
MEU CABELO É PRETO, O DA BIANCA CASTANHO
O ZÉ FUMA, O CELSO PITA (ALIÁS, PITAVA)

sábado, 10 de julho de 2010

Me Derramar - Vineyard Music Brasil

HIPOCRISIA II



Hipocrisia é achar sempre que os erros dos outros são intoleraveis e os seus compreensiveis.
Hipocrisia é exigir perfeição das pessoas, mas irar-se quando se é repreendido pelos seus erros.

Hipocrisia é sempre enxergar os defeitos alheios, mas nunca se propor a consertá-los

Hipocrisia é falar mais do que é capaz de fazer.

Hipocrisia é um coração pesado, incapaz de avaliar seus proprios sentimentos.

Hipocrisia é se colocar sempre acima dos outros.

Hipocrisia é usar uma máscara feita de diamentes para encobrir o rosto cheio de espinhas.

Hipocrisia é uma falsa humildade, que se desfaz no primeiro confronto.

Que saber se você é um hipocrita? imagine um mundo cheio de cópias suas e pense se esse mundo seria melhor..

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.


Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.


Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor (Mateus 23 13-15)


Bishop

HIPOCRISIA

A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.
Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação.
O cientista cognitivo Keith Stanovich fez uma carreira do estudo da hipocrisia. Ele a vê como surgindo da incompatibilidade de tais coisas como o interesse próprio e os desejos com crenças de ordem mais alta na moralidade e na virtude. As únicas pessoas que não são hipócritas são a minúscula e talvez não-existente minoria que é tão santa que nunca se entregam a seus instintos mais básicos e o grupo maior que nunca tenta viver segundo os princípios da moralidade ou virtude. Ele dessa forma defende que os hipócritas são na verdade a classe mais nobre das pessoas.
François duc de la Rochefoucauld revelou, de maneira mordaz, a essência do comportamento hipócrita: "A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude". Ou seja, todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.
O termo “hipocrisia” é também comumente usado (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um “padrão duplo”. Um exemplo disso é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo.
Hipocrisia é pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "hypochrités". Os actores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.

[editar] Hipocrisia e religião

Já que a prática da religião não se dá fora do contexto humano, ela tem exemplos de hipocrisia e não se pode dizer de nenhuma religião que é imune a ela. O escândalo dos chefes da Igreja Renascer, detidos e a cumprir pena nos E.U.A., é um exemplo.
Durante o reino do governo teocrático Talibã havia numerosas denúncias relacionadas a comportamentos hipócritas realizados pelos regentes do Talibã ao mesmo tempo que puniam outros pelo mesmo comportamento.
O Novo Testamento do Cristianismo refere-se especificamente aos hipócritas em vários lugares, em especial quando representando de maneira caricatural a seita dos fariseus, como por exemplo, o Evangelho de Mateus capítulo 23, versículos 13 a 15:
" Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.”
No Zen Budismo, o San Francisco Zen Center forçou seu abade Zentatsu Richard Baker a se demitir nos anos 1980 devido a acusações envolvendo, entre outras coisas, comportamento hipócrita.

À Espera de um Milagre

À Espera de um Milagre

Muitas virtudes, comportamentos, são colocados por nós como inatingíveis, como algo muito distante, previsto talvez para uma outra vida ou para quando nos tornarmos um Buda, um Cristo, um Mestre, um Iluminado, um Santo. Mas, temos que começar agora. A melhor maneira de se tornar um Buda é ser Buda, é viver como um Buda e seguir seus ensinamentos. A melhor maneira se tornar um Cristo é ser Cristo, é viver como um Cristo e seguir seus ensinamentos. O fato é que veneramos estes seres superiores, mas nada fazemos para sermos iguais a eles.

Como diz Cristo, em Lucas 6:

46 -  E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?

47 -  Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante.

48 -  É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre rocha.

49 -  Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.

Fica muito fácil para nós culparmos religiões, seitas, credos, por não sermos ou não agirmos como esses Seres Divinos. Mas, mesmo quando percebemos que nossa religião não nos mostrou a verdade, nada fazemos, continuamos os mesmos. Tudo isso é muito cômodo para nós.

Esperamos que as situações se tornem ideais para que expressemos o nosso ideal. Mas, em verdade, não existe vida perfeita e sim a nossa capacidade de vivê-la com perfeição, arte e equilíbrio.

Não podemos esperar que a vida atinja um determinado grau de perfeição para então começarmos a viver plenamente, para expressarmos as nossas virtudes, pois isso nunca vai acontecer, e, ainda que acontecesse neste exato momento, logo estipularíamos uma outra condição para podermos viver plenamente, para podermos expressar nossas virtudes, ou seja, criaríamos uma nova justificativa para a nossa incapacidade...

Devemos aceitar viver a vida com a perfeição que nos é possível, com a nossa condição atual. Devemos viver o agora em plenitude. É agora que devemos expressar todas as nossas virtudes.

É de fundamental importância e sabedoria que paremos de culpar os outros pelas coisas que acontecem, temos que tomar as rédeas das situações. Somente assim elas poderão ser mudadas, nunca antes disto, nunca enquanto essas situações são explicadas pela culpa dos outros, das condições externas, etc.

Não podemos mudar ninguém, temos que mudar a nós mesmos. Quando mudamos interiormente e de forma radical, o mundo à nossa volta também muda, as pessoas mudam, tudo muda.

A maior parte das condições que colocamos para sermos corretos com os outros depende de nós mesmos, nós é que devemos nos resolver internamente. Devemos trabalhar nossos problemas de baixa estima, mania de grandeza, soberba, respeito, etc.

Precisamos parar de cobrar, de criticar, de causar sofrimento aos outros. Precisamos nos tornar doces para com o próximo e duros, sinceros, honestos para conosco. Isso não significa auto-cobrança, não significa violência com nós mesmos. Significa ver o certo como certo e o errado como errado, de forma sincera, sem desculpas, sem pretextos, sem explicações.

Mas, enquanto continuarmos a fazer as mesmas coisas ou imobilizados, os resultados serão sempre os mesmos. Precisamos mudar, precisamos agir, precisamos morrer de instante em instante. E isso é urgente.

Precisamos viver a espiritualidade na prática, precisamos viver uma espiritualidade baseada em fatos concretos do dia-a-dia, em pequenos gestos.

Nada mudará enquanto continuarmos entretidos apenas com literaturas espiritualistas ou sagradas. Nada mudará enquanto continuarmos a freqüentar palestras, seminários, cultos, missas, cursos, sem que vivamos os ensinamentos adquiridos de forma prática e concreta, longe das fantasias da mente.

Nada mudará enquanto continuarmos a praticar a espiritualidade em busca de vantagens, a espiritualidade barata e vazia. Nada mudará enquanto continuarmos a praticar uma espiritualidade sem transcendência, uma espiritualidade materialista, mentalista, baseada em ensinamentos que não nos levam a uma transformação.

Buda, Cristo, e muitos outros ensinaram a renúncia, o caminho da renúncia. Mas não queremos renunciar a nada, queremos uma espiritualidade que nos seja cômoda, que atenda aos nossos anseios imediatos, queremos continuar com nossas fantasias. Sem perceber, enganamos a nós mesmos e, pior, gostamos. Afinal, perceber que nos auto-enganamos nos faz sofrer. Assim, preferimos não aceitar certos fatos, preferimos continuar a nos enganar, achando que estamos evoluindo, que somos espiritualistas, que somos espiritualizados.
Entre os universalistas, os espiritualistas independentes, observamos algumas características comuns: não conseguem escolher um caminho; duvidam muito, duvidam de tudo, estão sempre em cima do muro; não demonstram ter força ou capacidade para trilhar, para se entregar a um caminho definitivo; são orgulhosos demais para aderirem a algo que não foi criado por eles mesmos; rotulam-se para se sentir mais seguros, para poder se justificar; costumam se auto-enganar e continuam com suas vidas comuns, sem transformação alguma.

Nada mudará enquanto ficarmos buscando e buscando, sem começarmos a trilhar um caminho, um único caminho, pois claro está que não será possível trilhar vários caminhos ao mesmo tempo.

Nada mudará enquanto não fizermos nossa escolha, enquanto não optarmos por um caminho e, a partir desta escolha, passarmos a viver o caminho.

Nada mudará enquanto não morrermos em nós mesmos de instante em instante.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Em honra do bom futebol. (Por Kkampus)



 
Deixando o patriotismo de lado, a final entre Holanda e Espanha é justa.



Confesso que antes do jogo, torcia levemente para a Alemanha, baseado no que ela apresentou durante toda a Copa, contudo na semi-final não conseguiu repetir a excelente atuação diante dos Argentinos.



Mas eu repito, insisto, sou amante do verdadeiro futebol, do melhor futebol, este de toque de bola refinado, que dá gosto de ver, este do tipo que a Espanha mostrou neste último jogo e que lhe dá o merecimento de estar na final. A Espanha foi Brasil:Zico, Sócrates e Falcão (82 de novo!), talvez mostrando a todos que precisamos voltar a resgatar valores esquecidos por um medíocre pragmatismo.



Para todos os campeões e rivais, é a final menos dolorosa, pois qualquer uma das seleções que vença a Copa da África do Sul, será sua primeira vez, muito distante das potencias que possuem vários títulos.



Deve doer menos, sabendo que os finalistas são os melhores. As finalistas tem os grandes craques, aqueles que não reclamam tanto da Jabulane, pois sabem tratar a bola com respeito, com intimidade, como Don Juan (de Marco) e as mulheres.



Não vou assistir a final na hora do jogo. Queria que a Holanda vencesse pra coroar esses tantos anos de bom futebol, mas sem um titulo de Copa do Mundo; em honra da “Laranja mecânica, do Carrossel Holandês”, de Cruiff, de Giulitt, Overmass, Van Basten, Raikard, Frank de Boer (perdoem a grafia do nome dos  caras), enfim , em honra do bom futebol. 





terça-feira, 6 de julho de 2010

Solidão


"Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência
de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,
às vezes para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma.", Chico Buarque

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Você está cansada de ser discriminada por essa Sociedade Machista???


Resolva o questionário abaixo e mostre que você é muito informada sobre
FUTEBOL!!!
    Você está cansada de ser discriminada por essa Sociedade Machista???
Ouvir que FUTEBOL é coisa de Macho?!!!
Seus problemas acabaram!!!
Resolva o questionário abaixo e mostre que você é muito informada sobre
FUTEBOL!!!


1. Lateral esquerdo da Seleção Brasileira:
( ) Roberto Carlos ( ) Erasmo Carlos ( ) Ney Matogrosso

2. Ex-capitão da seleção brasileira e atualmente técnico:
( ) Dunga ( ) Soneca ( ) Feliz

3. Centroavante da Argentina:(boa!)
( ) Batistuta ( ) Prostituta ( ) Filho da P...

4. Atacante do Chile:
( ) Salas ( ) Cozinhas ( ) Banheiros

5. Meia da Colombia:
( ) Valderrama ( ) Valderruba ( ) Valdestroi

6. Meia da França
( ) Zidane ( ) Ziferre ( ) Zifoda

7. Atacante da Croacia:
( ) Boban ( ) Tontan ( ) Idiotan

8. Atacante da Argentina:
( ) Crespo ( ) Liso ( ) Pichaim

9. Lateral direito da Seleção Brasileira: (puts)
( ) Cafú ( ) Tofú ( ) Sifú

10. Goleiro do Chile:
( ) Tapia ( ) Soquio ( ) Múrrio

11. Capitão da Espanha:
( ) Hierro ( ) Hiengano ( ) Hiequivoco

12. Goleiro dos Camarões
( ) Songo ( ) Mongo ( ) Tongo

13. Zagueiro da África do Sul:
( ) Mark Fish ( ) Mark Bacon ( ) Mark Lanche Feliz

14. Zagueiro da África do Sul:
( ) Issa ( ) Iiiissa!!! ( ) Woo Hooo!!

15. Atacante da Iugoslávia:
( ) Mijatovic ( ) Peidatovic ( ) Cagatovic

16. Atacante da Holanda:
( ) Cocu ( ) Cabunda ( ) Casnadegas

17. Atacante da Espanha:
( ) Kiko ( ) Chaves ( ) Sr Madruga

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Um sonho que se precisa ter.


vagando-P.Pedra Azul-mp3



Um sonho que se precisa ter.

Ontem no fim do dia recebi uma noticia triste do falecimento de uma criança menor de 2 anos, filho de um amigo. Ao ver aquele pai debruçado, em lagrimas, sobre aquele que já não estava mais ali, veio todo um questionamento sobre a vida, sobre o porque das coisas serem assim; de uma certa maneira , não aceito a resignação de que isso é projeto de Deus. Até dois dias atrás, em uma conversa calorosa com uns colegas de trabalho, discutíamos sobre as injustiças humanas e o silencio dos deuses, pra não blasfemar contra o Deus católico. Ao deitar fiquei matutando se deveria escrever sobre essa dor de perder um filho, um anjo ainda, e assim compartilhar um pouco desse sofrimento desse pai. Mas a maturidade, esta razão soberana, acaba por te trancar as palavras, frear teus pensamentos. O sono chegou e dormi.
Um sonho, dificilmente pode ser contado em todos os detalhes, pois nem tudo é lembrado ao despertar. Contá-lo e talvez expô-lo na gaveta secreta dos meus escritos (o blog parafernáliasepalavras) não me parece novidade, mas não sei se serviria pra função desta mídia, que me parece de um caráter mais universal. Mas ei-lo:
Estávamos numa sala de aula, nossos velhos e bons amigos do Santa Teresa, tínhamos a nossa tão gostosa adolescência, plena de amores, plena de incertezas,um tanto enorme de olhares trocados, muitas juras de amor silenciosas. A aula corria naquela tradicional algazarra, uma parte prestava atenção e outros faziam planos de grupo, como se aquele espaço tudo fosse permitido. Eu imagino que os professores devem ser dotados de extrema paciência, pois reconheço que nunca fomos fáceis. nossas conversas eram prioritárias, de uma urgência sem trégua.
Terminou a aula e puxo Flávia pelo braço. Como se lhe contasse um segredo , bem perto do seu ouvido digo: “não sei viver sem suas presenças”. Me parece que o “suas” representava  naquele instante, todos.
Depois já me vi numa estrada, com alguém dirigindo, que não me lembro quem era. Falávamos somente sobre transito.
Tive um encontro , com uma garota, que juro (de pé junto) que não sei quem era, num jardim, perto da escola. Falei dos meus sentimentos para com ela e dali já éramos namorados.
Depois já estava numa piscina. Atirei-me na água com uma energia rara de ter experimentado; me sentia novo, via cor e prazer em tudo que estava ao meu redor; diria que estava muito feliz. Brincamos de bola dentro da piscina. Depois subi em cima de uma bóia e fiquei rodopiando na água. Sai da água e encontrei Tânia. Denunciei o meu bem-estar, o quanto estava me sentindo bem, ela disse “o amor faz isso”. Falei ainda que lembrei dela ao ouvir uma musica do Paulinho Pedra Azul; apesar da presença ao lado de um cantor maranhense, começamos a cantarolar: no céu entre as estrelas, vou cantando ...e a Terra vai formando um coração...Palavras são tão poucos pra dizer... Que estou vagando assim só por amor. Me atirei novamente na piscina e fui vendo a tarde ir caindo. Era então noite e sei que fui pra uma casa onde todos estavam. Nada mais lembro.
Acordei, e o dia amanhecia. Vi da janela do meu quarto um laranja dourando nuvens no horizonte; tentei fotografar, mas as pilhas estavam descarregadas. Peguei o computador e vim redigir essa experiência onírica, aproveitando dessas horas mortas.
Qual o significado do sonho? Não sei! Talvez fosse pra me devolver uma felicidade, no meio da angústia diante do sofrer do outro. Mas na verdade qualquer tradução seria especulação. Acho que amigos são importantes. Precisamos descobrir onde está a energia (essa de amores juvenis) que colore as coisas. Parece que está no despertar , na valorização de tudo que se tem. Não podemos perder as horas. Bom dia! Vou tomar café, aproveitar aromas, dar um beijo na Fernanda, espiar minhas filhas dormindo.
Obrigado Henrique, pela gaveta do parafernálias e por você entender os sonhos de um poeta quase triste.

K.Kampus

domingo, 4 de julho de 2010

O surfista

O surfista
Por Entre labirintos de Espaços vazios
e ondas pétreas
pisa-SE NA prancha
Como se adentrar-se
Num Mundo desconhecido.
Nada. Nada
e Nada Mais Lindo e Próximo
Que Voar, COM OS Pés fincados Voar
não Parceiro de desafio.
È UM fio daquela emoção
Que liga o circuito
Entre o surfista EO apreciador.
Quimica Perfeita e Uma
Esquerda, direita
Que atinge uma teimosa Todos nessa aflição.
Chegar.Chegar, CAIR jamais. Luta Da Sair
COM OS ohos não Céu e OS Pés no chão.
Anastácio

sábado, 3 de julho de 2010

Pare, respire. ouça... (Comente)

O despontar do mérito. (Por Wesley Campos) Kkampus)


Quem não foi do tempo, que procure vê algum jogo da Holanda da copa de 74. Um futebol inovador, de técnica, tática e arte, comandado por Cruiff, um dos maiores jogadores de todos os tempos. Infelizmente esta seleção perdeu a final para a Alemanha de Beckenbauer, outro gigante que ficou na história. Em 78, a mesma seleção esbarrou na Argentina de Mario Kempes, embalado pela torcida inflamada,em tempos de ditadura explícita, e mais um vice campeonato.  Em 94 e 2006 mais dois bons times holandeses, foram às semi-finais ,mas esbarraram no Brasil.


Mesmo não sendo campeões mundiais, a Holanda é sempre um time temido, com características ofensivas, de refinado toque de bola, com uma postura tática exemplar.


Brasil de 2010, seleção antípoda do futebol arte, comandada pelo que de mais ruim se produziu em nosso futebol (a pejorativa “era Dunga”) , com dias contados em cada jogo, representando a involução do nosso futebol, contrariando os anseios do clamor nacional ao abdicar de nossos craques (Ronaldinho, Ganso e Nilmar), mergulhando-nos na contradição de ganhar sem sermos felizes. Isso não podia ir longe, não deveria ir longe, em honra da nossa índole de futebol talentoso.


Agora ouço o que uns pouco denunciávamos, a falta de criatividade, os gargalos de um time retranqueiro, a falta de um toque de genialidade. Quão pobre esta Copa ficou sem Ronaldinho, sem seus dribles mágicos, sem seu sorriso maroto desafiando a Jabulani! Nosso lamento me parece mais encorpado, quando a paixão de torcedor não mais se sustenta no pragmático resultado da vitoria. Vitorias medíocres,pífias, de poucos melhores momentos, apenas com o selo de ultrapassar o adversário, sem a doce sensação de saborear as jogadas.


Hoje a tristeza é passageira, pois era inegável que a Holanda era melhor time , e se caíssemos na outra chave iríamos cair pela Espanha ou Alemanha. Convenhamos , essa seleção não era boa, não jogava bem, tinha um banco ruim, tinha uma arrogância típica daqueles que não tem talento.


Na manha do jogo, o amigo Henrique encontrava-se ansioso, com certeza , pela sua astucia, já prevendo um resultado negativo. O que poderia dizer senão o óbvio: ao perdermos, perderemos para a melhor seleção, Que a Holanda ratifique seu favoritismo e que seja coroada com a taça que por tantas vezes já lhe escapou. Ë hora de vencer por mérito, com a arte de verdadeiros craques, com um belo gol do xará Sneidjer.


Ao Dunga e seus enjaulados, o esquecimento precoce lhes dará consolo. Ainda bem que perdemos, assim vocês não serão lembrados como uma das piores seleções do Brasil que venceram, igual àquela de 94.   

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Intervalo maldito...

Talvez seja fácil escrever, opinar sobre uma partida de futebol depois que a mesma acaba. Mas às vezes só é possível assim fazer, quando coisas inexplicáveis ou quase acontecem. Pois bem, aqui no Maranhão não somos reconhecidos, justamente, por praticarmos um bom futebol, mas aí é um outro assunto. Porém posso testemunhar que nas praias daqui já vi muitos Kakás, Robinhos, Juniors, entre outros... Isso em peladas sempre muito disputadas; aquelas do par ou ímpar, em que sobram um monte de famintos a esperar a vez do "desafiado". Portanto, afirmo que um Lúcio só jogaria numa dessas peladas se fosse o dono da bola. O Felipe Melo teria que chegar muito cedo e ser muito amigo do Lúcio. Conclusão: Pra quem acha que "espanar" é jogar futebol, pra quem acha que ser desleal é jogar futebol, tá de bom tamanho ter chegado até às quartas. Vitória justa da Seleção Holandesa que soube aproveitar o intervalo pra tomar uma dose de humildade, acompanhada com uma forte certeza de que poderiam reverter o placar. Pelo lado Brasileiro ocorreu o inverso, inacreditavelmente. Segundo tempo de trocas em excesso. O Brasil trocou de campo, de comportamento, de posicionamento e, passou a incorporar um indecente desequilibrio emocional. Seria a angústia antecipatória? - Não sei. Mas havia um que de desespero questionável como a dizer: 45 minutos custam a passar muito? E a resposta batia de volta na cabeça de cada um de nossos jogadores: Acho que sim, acho que sim, acho que sim. Conclusão: Desfoque total, medo paranormal, tensão e DERROTA. Bem amigos, se Futebol é emoção, vejam como eu gosto de Adrenalina. Minhas seleções de agora por diante são: URUGUAI E PARAGUAI. Já tô fudido mesmo...