sábado, 2 de março de 2024

Resposta ao meu primo Augusto sobre Ivan Lins e a música Abre Alas

ESTAVA OUVINDO "TUA BELA OBRA". É TRISTE, TENHO EM MINHA CABEÇA MUITAS CANÇÕES QUE TRATAM DO TEMA. TEMOS UMA CONSTITUIÇÃO ENORME E, NÃO É SEM PROPÓSITO, FICA MAIS FÁCIL CRIAR EMENDAS. A NOSSA POLÍTICA TEM "REGRAS", PORTANTO NÃO ADIANTA MUDAR AS PEÇAS. O INTERESSANTE SERIA MUDAR AS REGRAS. MAS COM PESAR, RECONHEÇO QUE O SISTEMA BRASIL VIROU PARTE DA NOSSA CULTURA ESTÚPIDA. QUANDO GERALDO VANDRÉ NOS LEMBROU QUE "QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER..." TODOS ACHARAM LINDO, MAS NINGUÉM TOMOU NENHUMA INICIATIVA. ÉPOCA EM QUE ÉRAMOS FUDIDOS SEM SABER PORQUE... MAS É POR CAUSA DE POSICIONAMENTOS DE PESSOAS QUE PENSAM DIFERENTE E AINDA NUTRE A ESPERANÇA, QUE TUDO ISTO AQUI VALE A PENA. ME ORGULHA TE VÊ GRITAR QUASE EM SILÊNCIO. VAMOS CAMINHAR, PORQUE PARECE QUE O CAMINHO NÃO TEM FIM.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

hjh

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domingo, 15 de outubro de 2023

Um filho, uma estrela, um diamante

Meu Pai, meu melhor amigo! Companheiro de não sei quantas vidas. Fico muito feliz de hoje poder estar do teu lado. Tenho certeza que a tua missão aqui é grandiosa e redentora. Pq sei o quanto tu é o farol de muitas pessoas. 
Mas sempre estarei aqui pra dizer que em primeiro lugar VOCÊ sempre! Tua luz irradia pra muitos, mas não quero nunca que vc esqueça q ela é sua e só sua! Sempre vou lutar pa que vc se cuide e te lembrar sempre do teu valor imenso!

Te amo, Paizão! Tu é o cara dos caras! Vamo nessa que tu ainda tá novinho. Todo dia é dia de transformação.  O mundo é nosso

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Querida, os dias são assim

Não sei explicar, mas é cada vez mais difícil me "vestir" como uma pessoa normal. Assumir o que a sociedade espera e cobra. É um conflito enorme, não me sinto"comum". Comum, não passa de uma interpretação, às vezes convincente, outras não. Sendo assim, travo uma batalha cansativa e, não quero mais muletas. Silencio. Descobri através de mim que a timidez e o medo são parentes. Perdi muito, ganhei demais. Vivo saudades. O Santa Teresa, foi bem mais que uma escola. A universidade de psicologia também. Mas meus melhores professores foram meus colegas. Aprendi por observação. Nutro até hoje de detalhes daqueles que me marcaram. Não sei quantificar o número de amigos, talvez não passem de dois. Pode até ser mais, pode ser menos. Isso não faz muita diferença, visto que amizade é coisa séria. Tenho um hábito considerado estranho, mas me sinto tão bem ao ser abraçado, que chego a pedir. Tudo é extremamente intenso em mim. Deus é um companheiro admirável. Através da minha pequena fé é que driblo a tristeza e "visto" a roupa do homem comum a enfrentar semáforos. Vou pra vida e volto pra fantasia, lugar onde sou mais pleno, mais realizado, feliz. Esqueço o bem que faço, isso sim, é comum, obrigatório, nada demais pra mim. Não esqueço o bem que fazem pra mim, por mim. Sou, serei eternamente grato. Numa hora de dor muito grande, latejante, um abraço surpreendente me acalma a alma, me aquieta o espírito. Isso é inesquecível. Por isso, minha gratidão eterna. Vou continuar assim, tentando me melhorar a cada dia. Se tantas vezes calei, sofri sozinho. E quando falo com meu próximo, tento passar algo bom pra que de alguma maneira suas dores cessem um pouco, nem que seja por um momento apenas. Se tem coisa difícil de lidar, é a dor do próximo. Não cabe aqui o tanto que eu gostaria de falar, mas tenho que obedecer ao freio do meu viver, que se por uma parte não me deixa ir mais adiante, por outro lado evita acidentes.

A casa que sonhei nunca ficou pronta

Na juventude, minha mãe era infeliz e não sabia, pois todas as suas forças eram convocadas para esquecer isso. Cantava Dalva, para desgosto de meu pai, e ria com medo se bem que ninguém era feliz naquela época. Não havia essa infelicidade esquizofrênica de hoje, mas era uma infelicidade tristinha, com lâmpada fraca, uma infelicidade de novela de rádio, de lágrimas furtivas, de incomprensões, de conceitos pobres para a liberdade. eu via as famílias; sempre havia uma ponta de silêncio, olhos sem luz, depois dos casamentos esperançosos com burguês arrojado para o futuro que ia morrendo aos poucos. Não era tristeza da pobreza, dava para viver com uma empregadinha mal paga, dava, mas era uma tristeza obrigatória, quase uma "virtude" que as famílias cultivavam, sem horizontes. Hoje vivemos essa liberdade desagregadora, com a esperança de paz da classe média destruída, vivemos o medo das ruas, das balas perdidas. Antes, minha mãe tinha a ilusão de uma "normalidade". Hoje, todos nos sentimos sem pai nem mãe, perdidos no espaço virtual, dos emails, dos contatos breves, da vida rasa sem calma. Na verdade, tenho vontade de telefonar, mas é para saber quem sou eu. E quando disserem "Quem fala", pensarei: "É o que me pergunto..." Mas sei que vou desligar dizendo: "Desculpe, é engano..." hacs

quinta-feira, 17 de março de 2022

PUTIN, A ESTUPIDEZ

Putin, a estupidez 

Poderíamos navegar por várias vertentes a procura de um adjetivo que fosse definitivamente o reflexo de quem promove "gratuitamente" uma guerra. Certamente no que tange a ciência médica, não encontraríamos resposta. Talvez a ausência do sistema límbico seja o que mais se aproxima do que vemos. A psicopatia nos apresenta sempre pessoas em que dificilmente observamos demonstração de sentimentos nobres, assim podemos observar o egoísmo andando de mãos dadas com essa forma de não sentir. Na espiritualidade não saberia me aprofundar muito, é muito complexo ou misterioso. Mas posso, sem correr riscos, afirmar de que aqui o que existe é ausência do que é bom. Nesse comportamento narcisista e com uma inteligência "privilegiada" temos consequências das mais escabrosas. O que o Presidente ditador da Rússia quer? Ele não sabe porque ele não tem medida. O que é bom para o povo russo? Será que sob o domínio de Putin por mais de duas décadas ainda não teve a capacidade de promover ao povo russo uma vida melhor? O que é interessante é que o ocidente é que ao longo de décadas vem contribuindo com uma vida mais confortável e digna pra esse povo, eles reconhecem isso. É um jogo absurdo e egoísta. Receber sanções duras em troca de matar inocentes. O ex integrante da KGB, foi "subindo" e traindo quem o ajudou muito, como é o caso do Boris Yeltsin. Mas de 1938 pra cá muita coisa mudou e o Putin é ansioso, precipitado. Talvez seja muito importante que o ocidente coloque um pé atrás pra lidar com um obstinado sem razão. Ironicamente devemos comemorar antecipadamente o fato do demônio russo não ser possuidor de uma "inteligência" do outro demônio, Hitler. Hoje fica bem claro que a personalidade narcisista de Putin, está sedenta por humilhar o povo Ucraniano. Quando não encontramos sentido, razões ou motivos que tentem justificar tais ações, só uma resposta sobra: Mas um representante do MAL poderoso, se coloca em evidência, ligando uma câmera, produzindo um "espetáculo", vitimando inocentes, ameaçando o planeta sem saber que quem dirige tudo isso não está de olhos fechados e não curte filmes de terror.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Vida

Ajustando ao olhar as pesadas lentes da atualidade, o ser humano pode desfigurar os mais belos quadros da vida. Numa sociedade que prima pelo materialismo e pela competitividade, natural que a grande maioria se mostre armada contra os demais.
O perdão será interpretado como covardia, a simplicidade tida como desleixo, a franqueza cunhada como aspereza e a religiosidade será tachada de fanatismo. Dificilmente os não evangelizados pouparão de críticas a outra parte que procura a gentileza e a diplomacia para solução das querelas reinantes numa sociedade de intensas disputas de espaços.
O combate, outrora tecido em armas destrutivas, à semelhança do duelo, cedeu campo a lutas vigorosas por mercados consumidores, tráfico de influência e jogo de bastidores, onde a puxada de tapete tornou-se cena comum. O outro é adversário e deve ser neutralizado, preconiza a cultura do mais forte.
Marcas consolidadas e financeiramente poderosas engolem marcas nanicas, as removendo da concorrência, tanto quanto o fenômeno se dá no campo da economia e da política, e igualmente o terreno religioso e da convivência não foge ao seu contágio.
Alcançamos um estágio da civilização onde todos desejam um lugar ao sol e a competição tornou-se feroz, animalizando muitas criaturas humanas, que se deixaram levar pelo instinto belicoso na convivência com o outro. Temendo perder aquilo que julga seu, faz-se feroz e agressivo na defesa de território de influência, e isso pode se dar no quadrado da família, no ambiente de trabalho, na seara religiosa e nos relacionamentos afetivos. Sempre inquieto, receando ser apunhalado pelas costas, se arma e deixa de amar.
Adota como companhia diária a ansiedade, que o consome a olhos vistos.
As horas de vigília se estendem, intérminas, e as de sono e repouso são encurtadas, para não ser surpreendido pelos supostos adversários. Em tensão constante, perde primeiro a paz e, em seguida, a saúde.
Não vive. Vegeta.
Sob lentes escuras, enxerga sempre o lado sombrio do outro, a quem elege como constante ameaça ao seu triunfo ilusório.
Nesse panorama, que a muitos sufoca e desassossega, temos nas paisagens do mundo um quadro de inúmeros portadores de problemáticas de natureza psicossocial, reclamando um olhar atencioso das ciências da psique para auxiliar o ser que se perdeu nos dédalos das paixões e das inquietações contínuas, em permanente pesadelo pela posse do mundo, olvidando a própria harmonia.
Urgente se faz disseminar o conhecimento libertador, que vai esclarecer cada um dos vassalos da posse devoradora que não somos donos, mas simples usufrutuários das transitórias conquistas materiais. E que valores existem que precisam de nutrição para não se perderem em nossa intimidade profunda.
A paz interior que o mundo não tem para dar.
A alegria decorrente de uma existência firmada na simplicidade.
A segurança de ter amigos e não competidores.
As interações sociais e familiares, ricas de júbilo e coragem para os desafios existenciais.
O instante de silêncio, em que nos abstraímos do mundo para comungar o solo sagrado de nossas almas.
O contato com a natureza, se  reabastecendo de forças para vitalização da saúde.
As leituras edificantes e iluminativas, dissipando o pessimismo e renovando as paisagens íntimas.
Jesus, em diversas circunstâncias de Seu messianato, deixava as multidões sedentas e aflitas e buscava os lugares ermos, ali comungando com Deus em soledade.
Em Deus se movia e em Deus se nutria.
Coisa alguma disputava ou fez questão de reter.
Psicoterapeuta das almas enfermas que éramos e ainda somos, prossegue convidando o ansioso inquilino do corpo para cuidar de sua autoiluminação.
Não pediu ao Pai que nos tirasse do mundo, mas que nos libertasse do mal, e esse mal não é o que o outro nos fez ou vai fazer, mas sim aquilo que estamos fazendo conosco mesmos.
Onde repousam nossos legítimos interesses: no circo das ilusões terrestres ou nas vastíssimas escolas da vida infinita?
Por que lutar com tanta volúpia por bens que ficarão no mundo, olvidando a essência que somos e negligenciando os imensos tesouros do país interior?
Quantas grades, cercas elétricas e câmeras de segurança para proteger aquilo que nunca foi e jamais será nosso, muitas vezes permitindo que o outro, tomado de malícia e agressividade, penetre livremente nossos espaços emocionais, ali pisoteando nosso jardim de afeto e sentimentos?
Temos hoje na Terra bilhões de corações machucados e traumatizados pelos relacionamentos perturbadores a que se permitiram, invigilantes e sedentos, numa sociedade carente e árida.
Quase todos desejando ser amados. E onde estão os amantes sinceros e honrados?
Mulheres tristes, à semelhança de flores despetaladas pela fúria de parceiros imaturos e inconscientes. Homens vazios, ofertando bijuterias externas, igualmente sedentos de ternura, a que muitos rotulam de sexo.
O final de ano pode ser, para muita gente, excelente ocasião de refletir e repensar o mundo interior. Colocar a casa mental em ordem mínima. Buscar refazimento das paisagens emocionais sob diária convulsão.
Em teus solilóquios, recorda D'Ele.
Te faltando chão, volve à Galiléia e escuta Ele nas praias de tua ansiedade.
Apunhalado pelo amigos ou traído pelos afetos, canaliza tua dor na direção de quem não tem mais o que perder.
Em tuas buscas sôfregas, consola alguém que já deixou de chorar por ausência de lágrimas.
Em teu vazio existencial, faz uma visita na companhia da solidariedade e da esperança em algum lar onde a covid 19 arrebatou afetos e amores.
Perceberás que teu mundo íntimo não secou nem teu coração perdeu a capacidade de amar. Estavas apenas investindo no lugar equivocado, e Ele te conduzirá ao imenso território das dores desconhecidas, para ali seres um anjo na vida de alguém.
Marta
Juazeiro, 20.12.2021 Psicografia recebida pelo Médium Marcel Mariano

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Será que não já chega?

Será que não já chega?
Meus pais me levaram pra batismo a uma igreja católica. Esse era o costume, esse é o sacramento. Não lembro dos meus pais fazendo imposições religiosas ou falando sobre esta ou aquela religião. Poder-se-ia dizer que eram muito jovens, mas hoje vejo que felizmente esse não foi o fator preponderante. O que hoje é muito claro pra mim é de que meus pais viviam e vivem sob preceitos, princípios que as religiões aprovam. Mas não precisaram delas nem de seus dogmas. Parece até uma coisa além do tempo. Talvez, hoje se perguntarem aos meus pais, qual a minha religião, eles não saibam responder. E se pararem pra observar o horizonte ficarão felizes por isso. Sou CRISTÃO! Motivos e razões que nos afastam das religiões são incontáveis. O rótulo é uma espécie de marca a somar preconceitos. As imposições e regras geram expectativas desleais. Pra quem fica na arquibancada, as cobranças pelo cumprimento do que sai da boca dos religiosos também funciona como uma espécie do renascimento dos hipócritas fariseus. De lado fica a defesa de quem pode dizer "Faça o eu digo, não faça o que eu faço", do outro lado os "Fariseus" replicam "Mas eu não conheço essa verdade"... Então, meus irmãos, não entreis em desespero na busca por uma religião, a oferta é tão grande, mas como o critério deve ser o mesmo: Amor, paz interior, evolução espiritual e a consciência de uma vida eterna. Enquanto houver a busca, a indecisão, opte por Jesus Cristo e, não se preocupe que mesmo sem o tempo parar, sua opção é a mais verdadeira de todas. Já pensou na não proibição de AMAR, de abraçar a qualquer pessoa? É assim. Com Jesus o que menos você vai se preocupar em relação ao seu irmão, seu próximo é questionar o que sempre fomos "obrigados" a responder? Vale deixar bem claro que quando me digo CRISTÃO, deixo claro a ausência de qualquer objeção a esta ou aquela religião. Parece que é uma questão matemática e é. Ser CRISTÃO parece lhe dar a possibilidade de amar mais.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

A vida é

O diabo insuportável já não tá sozinho
Os amigos do encardido usam até gravata
Representam muito bem o infeliz nefasto 
A falange de inimigos num planalto ácido 
 
Chocolate ao leite já não me faz saliva
E o BROMAZEPAM já não é o mesmo
A música do rádio não me diz mais nada 
As putas de hoje em dia não tem mais emprego 
 
Quem quer viver pra que, se o aeroporto tá fechado 
Quem quer fazer ceder, se o ouvido tá tampado
 
Cadeira na calçada nem as de cimento
Enxaqueca agora não é coisa rara
Eu quero uma farmácia pra ganhar um money
Entrar num botequim, encher a minha cara
 
Desejo uma fumaça nas minhas narinas 
Observo sexo frágil virando rotina 
Vendido bem barato por toda esquina 
Confunde o universo como cocaína 
 
O que fazer pra que, se o passado não reclama 
O que dizer pra quem não conhece o que é uma dama
 
Puseram cocaína nas minhas narinas 
Exalo um cheiro estranho, quase insuportável 
No meu pescoço curto deram uma gravata
E o pior de tudo é que não estou sozinho 
 
Acendo um cigarro, lavo minha cara
Tomo um engov em um botequim 
Dou um trago forte dentro da farmácia 
Pra vê se você foge e esquece de mim
 
Quem vai querer você, viver de novo na sala
Quem vai querer você de destaque em nossa ala.

QUANDO O POETA CALA

Quando o Poeta "cala"
Hey Brown, o teu silêncio me deixou no nada
No vazio da existência do conto de fada
No terrível lado escuro que me despertou
Hey, Brown! na plataforma sobre rodas pela auto estrada
Em cada curva com palavras que não dizem nada
Na solidão da poesia  que não sei falar 
Hey, irmão! Os meus olhos já não vertem tanto
No tempero lacrimal consertei meu pranto
E acalmo o descompasso do meu coração 
Hey, rei! Qual o cenário dessa nova lida
Quais os mistérios dessa nova vida
Me diga hoje o que devo dizer
Hey, Brown! também sei o que é vida sobre rodas
Num deslize de uma rota se antecipa a hora 
Vendo rostos ensopados pela solidão 
Mas sei, que agora o que fala nem emite som
Que o grito surdo é como um frisson
Que só quem sente pode entender 
Hey,Brown! Não te vejo mais em um labirinto 
Tua paz invade espaço desse meu recinto
Que transformo em palavras que já sei dizer
Hey, Brown a hora agora é refazer a mala
Reescrever a história com a luz da sala
Vivendo ouvindo a palavra que o poeta cala...

sábado, 9 de janeiro de 2021

Mais um aniversário, meu Pai

Em 10 de outubro de 1964 eu nasci. Meu pai só tinha 22 anos, 9 meses e dois dias de idade. Fico imaginando tão novo e já com dois filhos. Meu pai nasceu em plena segunda guerra mundial, uma época difícil com tudo que acontecia e que nós conhecemos muito bem. Como de alguma forma estávamos distante dos grandes conflitos, creio que talvez de nada sirva fazer essa relação. A não ser que eu compare meu pai a alguém. Poderia chamá-lo de Schindler. É por muitas vezes vi, vejo meu pai, desempenhar o papel de quem salva, ajuda ao próximo mais necessitado. Ele não faz lista e o filme não é em preto e branco. Apesar de que as realidades de sua vida, nem sempre foram tão coloridas assim. Comecei a conhecer meu pai muito cedo e mantenho o interesse de continuar conhecendo-o até hoje. Meu pai conta que quando criança, talvez com dois anos, eu segurava seu dedo e perguntava "tu gosta de mim?". Hoje percebo que talvez eu na verdade quisesse dizer o quanto já gostava dele. Meu pai sempre foi de poucas palavras, meio fechado, talvez incompreendido. Mas isso me chamou muito atenção, foi meu despertar dentro de casa para as coisas do meu pai. Sempre o observei bastante, sempre gostei muito do que ele escreve, da sua paixão pelas letras. Alguém um dia na Universidade perguntou "tu és filho de Anastácio?", respondi que sim e, esse mesmo alguém  completou: " Então tu és foda". Aí, eu fiquei um "foda" completo. Pois já me acho o cara e com mais esse adicional... O certo é que meu pai é um homem bom, íntegro, honesto, criterioso. Esse é o pai que Deus me deu. Esse é o pai que eu precisava, preciso ter. Se o meu pai fosse diferente do que sempre foi, nós não teríamos chegado aqui e talvez eu não estaria fazendo o que faço agora. Eu não sonhei nunca com pais diferentes. Meu pai é amado por todos que conheço e sei que o amor dessas pessoas são muito significativos pra ele.
Meu pai, a Deus oro em agradecimento ao seu existir. A Deus agradeço pelo homem que és. A Deus peço que por misericórdia nos alivie as dores, angústias e,  nos conceda dias menos tortuosos. Nós ainda estaremos juntos por muitos anos. Eu preciso do seu amor.  O senhor deve precisar dos nossos. Saiba que eu e meus irmãos temos toda honra em sermos seus filhos. Perdoe nossos tropeços de vez em quando e tenha a certeza de que estamos tentando acertar sempre. Beijo teu coração com toda energia da gratidão e  que o amor possa passar. Te amo

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Aprendendo com as lágrimas

Um dia perguntaram a Ariano Suassuna: Você acredita em Deus?
Ele respondeu: "Se eu não acreditasse em Deus, não valeria nem ter nascido..."
Nota-se a profundidade da resposta na abrangência tão extensa. Na verdade do que vale viver se o que chamam de "morte" desse fim a tudo? "Gosto" da palavra "falecer", é mais honesta, verdadeira e sintetizadora. É um quase "Parou de funcionar", a matéria parou. Nossos corpos têm prazo, as doenças, dores, não são somente mazelas, têm um componente que vai muito além do nosso entendimento. Penso comigo, quantos anos de vida boa me ensinaram tão pouco. Como algumas dores me ensinaram, me ensinam tanto. Somos abençoados até nas dores. E pessoas maravilhosas, dona Lourdinha, Djan, Mundinho, Brunno... galgaram andares superiores nos deixando em lágrimas que bem temperadas pela fé, não viraram prantos jamais. Imagino os encontros e reencontros fascinantes, iluminados pela luz incandescente do amor de Deus, de Jesus da Galileia... Sei que por mais que nos esforcemos, tudo está muito mais além do que possamos imaginar. Oremos pela decisão de Deus. Que nossos corações continuem mansos pra não fazermos tantas perguntas diante de tantos mistérios. E se a vida é uma questão, o Amor é a resposta. Peçamos a Deus que não deixe que nos cansemos e, que nossa fé seja fortalecida. Clamemos pela misericórdia divina. Seremos atendidos.