terça-feira, 29 de junho de 2010

Será se existe um deus do futebol? (Por Kkampus)


Será se existe um deus do futebol?

Na eliminação do Brasil na Copa de 82 (mas que cara chato! Que não esquece esse trauma) ,uma bola foi atrasada para Waldir Perez, nosso goleiro, que não conseguiu evitar a saída pela linha de fundo e daí resultou um escanteio que originou o terceiro  gol de Paolo Rossi, anunciando a tragédia do Sariá.
O detalhe do jogo da Itália contra a Eslováquia: no terceiro gol, uma bola foi atrasada e o goleiro italiano isolou a bola pela lateral, então o jogador eslováquio bateu o lateral na área e marcou o gol que desclassificou a Itália na primeira fase da Copa da Africa do Sul.Chorem bambinos!E sintam o gosto amargo da derrota. Voltem para Itália! Que suas mulheres os aguardam com seus lindos bordados, não tão longos, pois a guerra foi curta.
É uma grande bobagem falar dessas coincidências; quase me senti vingado, apesar de haver uma distancia enorme entre a Itália de agora e aquele timaço do Brasil de 82. Mas também se não levantasse essas questões transcendentais sobre a existência de um deus do futebol, o que mais poderíamos falar dessa copa paupérrima de melhores momentos?
Só apelando para os supostos deuses do futebol! E se fossemos pelo menos argentinos ou tivéssemos sua peculiar megalomania teríamos a certeza de sua existência : um deus torto chamado Maradona.   
Mas é tempo de fé, de figa, de tambores de mina. E que algum deus, mesmo o da mais infinita mediocridade, permita que esse nosso timinho, de futebol feio e pragmático, possa me banir pro inferno , a queimar minha língua, e nos fazer campeões!

Kkampus. 

Vive La France (Por K.kampus)


Vive La France II.

A justiça não tarda, de onde vem seria entrar em searas nebulosas, em questões de fé. E o Deus de cada um,  não sei se teria tempo pra assistir uma partida de futebol. Mas é certo que a França não merecia estar na Copa; entrou pela porta dos fundos, com um gol ilícito, num passe de mão do Henry, na repescagem das eliminatórias européias..
Seria mais polido a federação francesa ter abdicado da sua vaga para a Irlanda, após a constatação do tal lance mágico, o que evitaria o fiasco de ter sida eliminada na primeira fase da Copa. As razões de como a seleção francesa chegou nessa situação é um assunto para os analistas de lá , pra ser discutido nos cafés de Paris.Contudo parece que o relacionamento entre os jogadores e seu técnico foi fundamental, além do apagar das luzes de uma geração de ouro que se aposentou.
Não sei quão longe vamos com nossa seleção, mas apesar das minhas criticas acidas ao nosso técnico, parece que temos um time mais organizado, que pode vencer e assim valerá os aplausos, mesmo que não ecoem longe, pois o futebol ficou feio, o Brasil já não é mais Brasil, tem um sotaque quase alemão;
infelizmente o encanto quebrou-se em 1982, e de lá pra cá aprendemos a ser campeões, não importando os meios, como na “lei do Gerson” dos tempos modernos.
Que Henry, tivesse apenas coerência, em jamais levantar o braço reclamando ao juiz algum toque de mão. Mas caráter é caráter, e só nascer no berço da polidez não adianta.
Precisamos de ética, de justiça, de coisas belas, para que o esporte realmente seja merecedor de “exemplo”para a juventude, na qual se deposita o fogo flamejante da esperança (de um mundo melhor).

K Kampus.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Brasil é um celeiro de pessoas criativas, e quando o assunto é avacalhar alguém a criatividade aflora mais ainda

O Brasil é um celeiro de pessoas criativas, e quando o assunto é avacalhar alguém a criatividade aflora mais ainda.
O assunto da vez nos últimos dias foi Felipe Melo, o volante desgovernado da seleção brasileira. Há tempos a torcida brasileira percebe o forte temperamento do jogador, porém na partida contra a seleção portuguesa isso ficou ainda mais evidente, a ponto do treinador Dunga retirar ele da partida aos 45’ do primeiro tempo.
Pois bem, todo aquele furico entre o Felipe Melo e o zagueiro Pepe de Portugal acabou gerando o #Felipemelofacts.
Fique agora com os melhores do twitter:
Twitte ou envie para seu amigo: http://migre.me/SHB7

Perdas necessárias (Pe. Léo)

Deixa partir
O que não te pertence mais
Deixa seguir o que não poderá voltar
Deixa morrer o que a vida já despediu
Abra a porta do quarto e a janela
Que o possível da vida te espera
Vem depressa que a vida precisa continuar
O que foi já não serve é passado
E o futuro ainda está do outro lado
E o presente é o presente que o tempo quer te entregar

Fala pra mim
Se achares que posso ouvir
Chora ao teu Deus se não podes compreender
Rasga este véu do calvário que te envolveu
Tão sublime segredo se esconde
Nesta dor que escurece o horizonte
Que por hora impedem os teus olhos de contemplarem 
O eterno presente do tempo 
O ausente o presente em segredo 
Na sagrada saudade que deixa continuar

Deixa morrer o que a morte já sepultou 
Deixa viver o que dela ressuscitou 
Não queiras ter o que ainda não pode ser 
É possível crescer nesta hora 
Mesmo quando o que amamos foi embora 
A saudade eterniza a presença de quem se foi 
Com o tempo esta dor se aquieta 
Se transforma em silencio que espera 
Pelos braços da vida um dia reencontrar.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mesmo não gostando de Dunga como técnico.... (Wesley Campos/Henrique Soares)

A rede globo sempre foi manipuladora de informações, estou repassando esta reportagem da uol, por achar importante que estejamos sabidos de que em todos os segmentos (não só na política) os veículos de informações trabalham para o seu próprio interesse,


> Gostaria de saber qual a diferença entre o político conhecido como coronel, que persegue a quem te contraria, e o Tadeu Schmidt que ataca o dunga em um claro sinal de retaliação por ir contra os seus interesses.

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> http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/22/globo-negociou-entrevistas-com-ricardo-teixeira-mas-dunga-vetou.jhtm

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> 22/06/2010 - 06h37

> Globo negociou entrevistas com Ricardo Teixeira, mas Dunga vetou

> Mauricio Stycer

> Em Durban (África do Sul)

> *

> Dunga vetou entrevistas exclusivas da Globo com três jogadores da seleção na África do Sul

> Por trás do incidente entre Dunga e o jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, durante a entrevista coletiva no Soccer City, logo depois da vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim, esconde-se uma história que revela o alcance do poder do técnico da seleção brasileira.

> O UOL Esporte apurou que a Globo negociou diretamente com Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entrevistas exclusivas com três jogadores da seleção, entre os quais Luis Fabiano. As entrevistas iriam ser exibidas durante o programa “Fantástico”, no domingo, horas depois da partida contra Costa do Marfim, vencida pelo Brasil por 3 a 1. Dunga vetou o acerto.

> O incidente entre Dunga e Alex Escobar ocorreu quando o jornalista conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto. O técnico percebeu o que ocorria e perguntou: “Algum problema?” Escobar respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. O técnico replicou em voz baixa, o suficiente para ser captado pelo microfone à sua frente: “Besta, burro, cagão!”

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> Diversos jornalistas na sala de entrevistas ouviram Escobar desabafar: “Insuportável, bicho, insuportável. O Rodrigo (Paiva) foi revoltado lá falar comigo, cara. O Dunga não deixou. Ninguém. Caraca, nem o Luís Fabiano. Infelizmente. Valeu, Tadeuzão”.

> Muitos também notaram que Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, fez o gesto de quem soca a parede a certa altura da entrevista coletiva. Paiva tem tentado se equilibrar entre o atendimento à imprensa e o respeito às exigências de Dunga. No cargo há nove anos, gentil com todos os jornalistas, o assessor dá sinais cada vez mais evidentes de reprovação à política de clausura imposta pelo técnico.

> Horas depois do incidente, durante o “Fantástico”, Schmidt falou: “O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas”. O jornalista da Globo não mencionou, no entanto, o motivo do atrito, ou seja, a recusa do técnico em aceitar um acordo feito entre o presidente da CBF e a emissora.

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domingo, 20 de junho de 2010

A História vai dizer... (Por K.Kampus)

A história vai dizer...




Muitos já vivenciaram fatos que já foram distorcidos por canais de comunicação, principalmente quando o interesse na verdade atenta contra a idoneidade de alguém ou de alguma instituição. Não sei quantos acreditam em teorias de conspiração, mas um olhar um pouco mais profundo sobre as coisas dão suporte a sua existência.

Em 1998, o Brasil chegou à final da Copa do Mundo contra os anfitriões, a França.

Uma estranha coincidência me fez despertar para o que viria acontecer naquele jogo.

Fui chamado antes do jogo para atender uma pessoa num Hospital. Ao retornar, já havia iniciado a transmissão do jogo: Na TV aparecia a imagem congelada do estádio Saint Denis e Galvão Bueno fazia um discurso de derrota, antes mesmo de começar a partida.Achei estranho demais.

Na noite anterior havia rumores que a França iria parar por uma greve geral, reforçada pelo bloqueio de ruas e estradas importantes por caminhoneiros.

Juntei as noticias rapidamente e falei para os que assistiam ao jogo comigo: O Brasil se vendeu, perderemos a final. Dito e feito, o resultado é sabido: França 3x0 Brasil.

Na manhã do jogo, aconteceu algo inusitado, não adequadamente explicado e que abre um leque de suposições sobre o ocorrido. Nosso melhor jogador, o Ronaldo teve uma convulsão, “do nada”.

Aponto os seguintes questionamentos: 1) Foi realmente uma convulsão? (2) Se foi convulsão de verdade, qual a origem dessa convulsão? (Envenenamento? Injeção de Anestésico Local direto na corrente sanguínea, por erro numa infiltração no joelho? 3) Seria o problema somente uma crise nervosa (piti, DNV) do jogador erroneamente diagnosticado como convulsão? (4) Qual médico liberaria uma pessoa para jogar uma partida de futebol após uma crise convulsiva, tanto pelo fato em si ,como pelo uso de medicamentos anticonvulsivantes (que são sedativos em sua maioria e causam embotamento, perda de concentração, sonolência)? (5) Não seria mais interessante ter um jogador em plenas condições físicas e mentais, que expor o Ronaldo? Será se o problema do Ronaldo deixou os nossos jogadores tão abalados, a ponto de também parecerem sedados?

Quem se lembra do tempo, o Edmundo, um dos poucos que se esforçaram naquele jogo, disse claramente numa entrevista após o jogo, que um dia a verdade viria à tona. Não por acaso, foi o único jogador que não se deu tão bem após aquela Copa. Todos os outros foram para Europa e se deram muito bem.

Quem se lembra daquele jogo Argentina e Peru na copa de 1978 e que desclassificou o Brasil no saldo de gols, onde muitos especularam que

O Peru se vendeu? Após vinte anos veio a confirmação do ocorrido pelos próprios jogadores da seleção peruana. Talvez Edmundo estivesse falando disso.

Há muitos interesses em grandes eventos esportivos, há muito de política ,seja de instituições futebolísticas, seja de governos; e onde há políticos, há mentiras. Interesses financeiros são claros, pela participação de grandes empresas, representadas por marcas esportivas e outros patrocinadores. O quanto isso influi nos jogos, nas finais, fica por conta do que cada qual acredita. Sinceramente, não me parece que haja isenção, e idéias de venda de jogos, de homens, não é tão fantasiosa.

Talvez , como todo brasileiro , quando o assunto é futebol, eu seja muito arrogante, por não aceitar que Zidane tenha acabado com nossa seleção , que tenha mostrado nossas deficiências crônicas no setor defensivo e que a França realmente mereceu o campeonato.

De qualquer maneira, a França comemorou muito aquela conquista e seus problemas foram esquecidos durante a festa. A greve foi suspensa. O futebol turva consciências, é um ópio do povo.

Algum dia aqueles episódios serão transcritos em alguma página, com a clareza da verdade, longe do tempo, quando os sentimentos estarão dissipados, sem poder causar qualquer vergonha, nem mesmo espanto.



K.Kampus.

sábado, 19 de junho de 2010

Brasil: País de Pelé,Zico, Ronaldinho, mas de malditos anões também. (Por Wesley-Kkampus)

Brasil: País de Pelé,Zico, Ronaldinho, mas de malditos anões também.




Sou essencialmente romântico, declarado, pois acredito nas coisas belas da vida e só assim a vida é doce e vale a pena ser vivida.

Em 1982, no auge dos meus dezessete anos, testemunhei a eliminação nas quartas de final, de uma das melhores seleções de futebol; a seleção que ficou no meio do caminho, de Sócrates, Zico e Falcão; seleção esta ainda lembrada e reverenciada por todos aqueles amantes do verdadeiro futebol, o futebol arte, aquele que detém o interesse de tantos no mundo e que consolida o futebol como esporte de paixões. Sonho com os lances magistrais daqueles verdadeiros craques, e tento num devaneio tresloucado mudar os eventos pra corrigir tamanha injustiça. Quisera eu, viver um universo paralelo,onde tivesse a realidade de coroação daquela geração com um título mundial. Mas, ali, no Estádio Sarriá, a tragédia se fez e os rumos da forma de se jogar futebol sofreu uma guinada. O mundo inteiro pasmo e o Brasil frustrado inventaram o futebol de resultado, o pragmatismo selvagem, a era Dunga e suas variáveis, a mais pura mediocridade, no sentido mais pejorativo, que aliás esta bem abaixo da média.

Assim acabamos por vencer duas copas com resultados pífios, e que pode ser guardado na historia, mas não permanece na lembrança. Ganhamos, mas não fomos felizes. Ouso afirmar que não conseguimos escalar os jogadores dessas seleções vencedoras. Que me parece um deboche Dunga se julgar mais importante que Zico, apenas porque levantou uma taça, que este não conseguiu, assim como Puskas, Cruiff, Platini também nao. Mas creio que jamais veremos em qualquer vídeo os melhores momentos de Dunga; talvez poderemos vê-lo em algum vídeo passado, sendo humilhado por chapéus e dribles do Ronaldinho. Em se falando em Ronaldinho faria um questionamento a todos os técnicos das seleções que estão na Copa da África, se acaso eles pudessem dispor do Ronaldinho, nas suas atuais condições físicas e técnicas, se eles cometeriam tamanha blasfêmia aos deuses do futebol,de não convocá-lo como fez o técnico da seleção brasileira. Sou convicto que todos levariam o jogador, somente reforçando o que toda a massa de técnicos natos (o povo brasileiro) faria. Quem sabe assim, poderíamos ter vencido o jogo de estréia com louvor, com lances geniais, com assistências fundamentais. Não acho impossível conciliar o futebol arte com uma taça na mão; o Barcelona faz isso há vários anos na Europa; A Itália na ultima copa apresentou um bom nível técnico assim como a França, vice-campeã.

Estarei, apesar de tudo, torcendo pro triunfo de nossa seleção, mas ainda assim querendo as boas lembranças do que já foi a seleção brasileira de futebol, quando nosso favoritismo tinha relação com a beleza.

Queria somente que pudéssemos vencer como a seleção de vôlei, que acumula títulos com favoritismo e apresentando um nível técnico elevado.

Espero , repito, que vençamos,pois só assim pra tolerar o contínuo assassinato do nosso futebol. Se não vencermos que esse técnico, sem histórico de atividade como técnico, sem histórico de habilidade, receba seu merecido castigo, que seja esquecido, como a sua seleção de meios feios.

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte

A gente não só quer comer, a gente quer comer e quer fazer amor...

A gente não só quer ganhar, a gente quer ganhar e jogar bonito.





K.Kampus

Ode a José Saramago. (Por Kkampus)

Ode a José Saramago.




Esse mundo, esse pequeno mundo, enquanto vamos vibrando com gols , com lances, a vida passa , pessoas passam. Hoje estamos mais tristes, um dos mais belos filhos que a Terra produziu já não empresta sua consciência a todos nós.Saramago agora é saudade, é inspiração.Choram meus versos, choram todos os romances do mundo; que agora estão sem um grande irmão. Não há como apresentá-lo ou defini-lo, pois Saramago, que me permitia ser seu íntimo amigo, conversava com nossos dramas, com nossos sentimentos, com a natureza humana de uma maneira simples, sem pontuações. A forma peculiar de escrever , muitas das vezes confundindo o leitor sobre quem era o interlocutor das frases, nos levava a um estado permanente de concentração na leitura de suas obras.ler seus livros te criava uma destreza que fazia que outros autores fossem mais fáceis de ler, demonstrando o quanto era gênio, sem ser arrogante. Suas convicções mexiam com o ideário humano, com as duvidas existenciais; acendia a revolta daqueles que duvidam de Deus, ao ver proliferar tanta iniqüidade e o silencio cúmplice da divindade.Mesmo que um Deus exista, Saramago será perdoado, pois sua negação fomentava o bem-comum, a fraternidade e igualdade entre os homens; e se não for perdoado,talvez nem necessite,pois sua obra ultrapassará os tempos, numa eternidade literária,oriunda da perfeição.



K.Kampus.

Vive la France! (Por Kkampus)

Vive la France!






A França foi à final da ultima copa após ter eliminado o Brasil, merecidamente.

Disputou a final com a Itália, num jogo burocrático, nervoso, típico dos tempos atuais, com ambas as equipes preocupadas mais em se defender, do que mostrar um bom futebol. A cabeçada de Zidane em Matarazzi foi um triste fim de carreira para um jogador que teve seus dias de glória, um dos algozes da nossa seleção, naquela mal explicada derrota da copa de 98. (depois escrevo sobre o que penso sobre os eventos daquele dia). Independente das palavras trocadas em campo, Zidane demonstrou uma imaturidade, incompatível para quem já havia jogado três copas do mundo. A Itália sagrou-se campeã , nos pênaltis, também por méritos.

Passaram-se mais quatro anos e a França chega até o último jogo das eliminatórias européias, necessitando de vitória. Vergonhosamente, mais uma vez, um time de menor expressão, a Irlanda, foi garfado, numa clara atitude anti-desportiva do Henry (aquele mesmo que marcou o gol da França na eliminação do Brasil na ultima copa), que deu um passe com a mao para a marcação do gol da vitória e da conseqüente classificação da França.Nossos corações já magoados com esse jogador ficaram mais revoltados com o seu deslize ético, incongruente com a polidez francesa.Mas quanto de interesses político e econômicos estariam feridos com a França fora da Copa AfricanaHouve uma aceitação velada da situação, principalmente daqueles que são simpatizantes do futebol de resultados, da falsa moral moderna_meios justificando fins.

Mas entrar pela porta dos fundos, na marra, deixava transparecer algo que veria a tona a qualquer momento. Chegou a estréia e confirmou-se que a França não tinha mais um grande time. Por vergonha, talvez... Henry, que apesar do que fez ,ainda joga muita bola, amargou o banco de reserva, tirando muito da capacidade ofensiva da seleção francesa.Um empate sem gols com o Uruguai foi o resultado mais justo.

Veio o segundo jogo com o México, que mostrou sua força e aplicação tática, fazendo por merecer a justa vitória. Aliás , se fosse uma das grandes , estaria sendo falada como uma das favoritas, mas México ainda é México, cumpre a sina de não ter predicados que possam seduzir a opinião dos jornalistas bajuladores, que inventam falsos craques, falsos favoritismos.

A França esta a um passo de ser eliminada na primeira fase da Copa da África, fato que faria justiça a todos aqueles que ali chegaram por meios lícitos. Os franceses,por índole, apesar de tristes, possivelmente também agradece a eliminação.

Torçamos pelos times americanos (Uruguai e México)!Que venha um empate redentor, um belo jogo de compadres. E` o que desejamos! E que a mao de Deus não mais se repita. Que o triunfo venha para qualquer um_ Límpido, ético, com a beleza que o futebol merece.



Kkampus

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Brasil: País de Pelé,Zico, Ronaldinho, mas de malditos anões também. (Por Wesley-Kkampus)





Sou essencialmente romântico,declarado, pois acredito nas coisas belas da vida e só assim a vida é doce e vale a pena ser vivida.


Em 1982, no auge dos meus dezessete anos, testemunhei a eliminação nas quartas de final, de uma das melhores seleções de futebol; a seleção que ficou no meio do caminho, de Sócrates, Zico e Falcão; seleção esta ainda lembrada e reverenciada por todos aqueles amantes do verdadeiro futebol, o futebol arte, aquele que detem o interesse de tantos no mundo e que consolida o futebol como esporte de paixões.Sonho com os lances magistrais daqueles verdadeiros craques, e tento num devaneio tresloucado mudar os eventos pra corrigir tamanha injustiça.Quisera eu, viver um universo paralelo,onde tivesse a realidade de coroação daquela geração com um título mundial.Mas, ali , no Estádio Sariá, a tragédia se fez e os rumos da forma de se jogar futebol sofreu uma guinada. O mundo inteiro pasmo e o Brasil frustrado inventaram o futebol de resultado, o pragmatismo selvagem, a era Dunga e suas variáveis, a mais pura mediocridade, no sentido mais pejorativo, que aliás esta bem abaixo da média.


Assim acabamos por vencer duas copas com resultados pífios, e que pode ser guardado na historia, mas não permanece na lembrança. Ganhamos ,mas não fomos felizes. Ouso afirmar que não conseguimos escalar os jogadores dessas seleções vencedoras.Que me parece um deboche Dunga se julgar mais importante que Zico, apenas porque levantou uma taça, que este não conseguiu, assim como Puskas, Cruif,Platini também nao.Mas creio que jamais veremos em qualquer vídeo os melhores momentos de Dunga;talvez poderemos vê-lo em algum vídeo passado, sendo humilhado por chapéus e dribles do        Ronaldinho. Em se falando em Ronaldinho faria um questionamento a todos os técnicos das seleções que estão na Copa da África , se acaso eles pudessem dispor do Ronaldinho, nas suas atuais condições físicas e técnicas, se eles cometeriam tamanha blasfêmia aos deuses do futebol. Sou convicto que todos levariam o jogador, somente reforçando o que toda a massa de técnicos natos (o povo brasileiro) faria. Quem sabe assim , poderíamos ter vencido o jogo de estréia com louvor, com lances geniais, com assistências fundamentais.Não acho impossível conciliar o futebol arte com uma taça na mão; o Barcelona faz isso há vários anos na Europa; A Itália na ultima copa apresentou um bom nível técnico assim como a França, vice-campeã.


Estarei, apesar de tudo, torcendo pro triunfo de nossa seleção, mas ainda assim querendo as boas lembranças do que já foi a seleção brasileira de futebol, quando nosso favoritismo tinha relação com a beleza.


Queria somente que pudéssemos vencer como a seleção de vôlei, que acumula títulos com favoritismo e apresentando um nível técnico elevado.


Espero , repito, que vençamos,pois só assim pra tolerar o continuo assassinato do nosso futebol. Se não vencermos que esse técnico ,sem histórico de atividade como técnico, sem histórico de habilidade, receba seu merecido castigo, que seja esquecido, como a sua seleção de meios feios.


“A gente não só quer comer, a gente quer comer e quer fazer amor...


A gente não só quer ganhar , a gente quer ganhar e jogar bonito.


terça-feira, 1 de junho de 2010

O Valor da Amizade



A mesma palavra tem significados diferentes de acordo com o texto ou o discurso em que figura. A importância disso é capital, pois significa que, para interpretar uma palavra, precisamos nos debruçar sobre o contexto do qual ela faz parte ou escutar verdadeiramente quem a profere. Do contrário, não a entendemos. O ensinamento básico de Sigmund Freud é esse e bastaria para justificar a psicanálise, se isso ainda fosse necessário.

A maioria das pessoas, no entanto, não se dispõe a escutar. Poucos nascem com essa capacidade, que pode e precisa ser desenvolvida. Escutar é um ato generoso. Implica que eu deixe momentaneamente de falar e esteja aberto para o que o outro tem a dizer.

A escuta é a característica do psicanalista e também do verdadeiro amigo – que não impõe a sua presença, não diz o que não deve ser dito e, assim, faz com que a amizade floresça. Ou seja, o amigo sabe se conter, exercita-se na ética da contenção. Por isso, ele é de paz e a sua maneira de ser pode servir de modelo para todas as outras relações: marido e mulher, pais e filhos e irmãos.

O que o filósofo e historiador grego Xenofonte escreveu 2 400 anos atrás poderia ter sido escrito hoje: "Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens. Está sempre pronto a auxiliar... Há homens, contudo, que investem toda a sua energia no cultivo de árvores, para colher frutos, e são negligentes com o amigo, o bem que mais frutifica". O amigo vê e ouve o que não somos capazes de ver nem ouvir. Assim sendo, pode fazer por nós o que não temos como fazer por nós mesmos. Como o analista, ele ilumina o caminho.

Ele sabe suspender o seu desejo para que o do outro se manifeste. O que ele mais quer é o acordo. Está menos interessado nos eventuais benefícios materiais que a amizade pode trazer do que no fortalecimento desta. Visa sobretudo ao contentamento do outro e não deve ser confundido com o cúmplice, que visa ao próprio interesse e se liga a alguém em função do que almeja alcançar.

O elo de cumplicidade tende a ser efêmero, enquanto o de amizade é para sempre. Em outras palavras, o amor dos amigos nunca é de agora, e sim para a vida inteira. Também por isso, há milênios a amizade inspira escritores, que se perguntam de que modo escolher um amigo, quais as características de um amigo verdadeiro e o que nós devemos a ele. Os escritores – os melhores, entre eles – sabem que a amizade nasce espontaneamente, mas só dará os seus melhores frutos se for cultivada.   Por Betty Milan Colunista da VEJA