sábado, 19 de junho de 2010

Brasil: País de Pelé,Zico, Ronaldinho, mas de malditos anões também. (Por Wesley-Kkampus)

Brasil: País de Pelé,Zico, Ronaldinho, mas de malditos anões também.




Sou essencialmente romântico, declarado, pois acredito nas coisas belas da vida e só assim a vida é doce e vale a pena ser vivida.

Em 1982, no auge dos meus dezessete anos, testemunhei a eliminação nas quartas de final, de uma das melhores seleções de futebol; a seleção que ficou no meio do caminho, de Sócrates, Zico e Falcão; seleção esta ainda lembrada e reverenciada por todos aqueles amantes do verdadeiro futebol, o futebol arte, aquele que detém o interesse de tantos no mundo e que consolida o futebol como esporte de paixões. Sonho com os lances magistrais daqueles verdadeiros craques, e tento num devaneio tresloucado mudar os eventos pra corrigir tamanha injustiça. Quisera eu, viver um universo paralelo,onde tivesse a realidade de coroação daquela geração com um título mundial. Mas, ali, no Estádio Sarriá, a tragédia se fez e os rumos da forma de se jogar futebol sofreu uma guinada. O mundo inteiro pasmo e o Brasil frustrado inventaram o futebol de resultado, o pragmatismo selvagem, a era Dunga e suas variáveis, a mais pura mediocridade, no sentido mais pejorativo, que aliás esta bem abaixo da média.

Assim acabamos por vencer duas copas com resultados pífios, e que pode ser guardado na historia, mas não permanece na lembrança. Ganhamos, mas não fomos felizes. Ouso afirmar que não conseguimos escalar os jogadores dessas seleções vencedoras. Que me parece um deboche Dunga se julgar mais importante que Zico, apenas porque levantou uma taça, que este não conseguiu, assim como Puskas, Cruiff, Platini também nao. Mas creio que jamais veremos em qualquer vídeo os melhores momentos de Dunga; talvez poderemos vê-lo em algum vídeo passado, sendo humilhado por chapéus e dribles do Ronaldinho. Em se falando em Ronaldinho faria um questionamento a todos os técnicos das seleções que estão na Copa da África, se acaso eles pudessem dispor do Ronaldinho, nas suas atuais condições físicas e técnicas, se eles cometeriam tamanha blasfêmia aos deuses do futebol,de não convocá-lo como fez o técnico da seleção brasileira. Sou convicto que todos levariam o jogador, somente reforçando o que toda a massa de técnicos natos (o povo brasileiro) faria. Quem sabe assim, poderíamos ter vencido o jogo de estréia com louvor, com lances geniais, com assistências fundamentais. Não acho impossível conciliar o futebol arte com uma taça na mão; o Barcelona faz isso há vários anos na Europa; A Itália na ultima copa apresentou um bom nível técnico assim como a França, vice-campeã.

Estarei, apesar de tudo, torcendo pro triunfo de nossa seleção, mas ainda assim querendo as boas lembranças do que já foi a seleção brasileira de futebol, quando nosso favoritismo tinha relação com a beleza.

Queria somente que pudéssemos vencer como a seleção de vôlei, que acumula títulos com favoritismo e apresentando um nível técnico elevado.

Espero , repito, que vençamos,pois só assim pra tolerar o contínuo assassinato do nosso futebol. Se não vencermos que esse técnico, sem histórico de atividade como técnico, sem histórico de habilidade, receba seu merecido castigo, que seja esquecido, como a sua seleção de meios feios.

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte

A gente não só quer comer, a gente quer comer e quer fazer amor...

A gente não só quer ganhar, a gente quer ganhar e jogar bonito.





K.Kampus

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