O diabo insuportável já não tá sozinho
Os amigos do encardido usam até gravata
Representam muito bem o infeliz nefasto
A falange de inimigos num planalto ácido
Chocolate ao leite já não me faz saliva
E o BROMAZEPAM já não é o mesmo
A música do rádio não me diz mais nada
As putas de hoje em dia não tem mais emprego
Quem quer viver pra que, se o aeroporto tá fechado
Quem quer fazer ceder, se o ouvido tá tampado
Cadeira na calçada nem as de cimento
Enxaqueca agora não é coisa rara
Eu quero uma farmácia pra ganhar um money
Entrar num botequim, encher a minha cara
Desejo uma fumaça nas minhas narinas
Observo sexo frágil virando rotina
Vendido bem barato por toda esquina
Confunde o universo como cocaína
O que fazer pra que, se o passado não reclama
O que dizer pra quem não conhece o que é uma dama
Puseram cocaína nas minhas narinas
Exalo um cheiro estranho, quase insuportável
No meu pescoço curto deram uma gravata
E o pior de tudo é que não estou sozinho
Acendo um cigarro, lavo minha cara
Tomo um engov em um botequim
Dou um trago forte dentro da farmácia
Pra vê se você foge e esquece de mim
Quem vai querer você, viver de novo na sala
Quem vai querer você de destaque em nossa ala.
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