terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Tubaína (Fernando Chuí)

Pó de cocaína, fácil,
Fácil na mão de menina
Quase sempre nordestina,
Que se vende em cada esquina
Que a má sorte predestina
E que a cidade é que ilumina
Sua latrina, sua torta sina
Jorginho, Marília, Carina,
Pedro, Rui, Moacir, Cristina

O que sobrou bicho come
O que se vê não tem nome
Se é obra de Deus,
Ninguém assina

Drops, cães, pureza, Tubaína,
Balas, doces, tiros e sangue, piscina
Panfletos, manchetes, chacina,
Medo, endurecimento, e não, vacina
É crime a droga é aborto
E a nova ordem determina,
Que o que for sonho se assassina
Lúcia, Mauro, Josefina, Pedro,
Nando, André, Marina

O que sobrou bicho come
O que se vê não tem nome
Se é obra de Deus,
Ninguém assina

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