sábado, 20 de setembro de 2008

Alaôr Mota (Por Agnaldo Mota)


Agnaldo Mota
ESCREVE

Alaôr Mota, Saudações Pinheirenses!

Meu nome é Agnaldo Mota, eu sou irmão de Alaôr!
Ser irmão de Alaôr servia-me como escudo, como carta de apresentação e até mesmo de identidade, na quadra interna do Colégio Pinheirenses, nos arredores da Faveira, no Campo da Forgata, no Campo da Malva, Estádio Costa Rodrigues, no Bairro de Alcântara.
O mundo dos adultos começava a se descortinar para mim, porque eu havia descoberto a minha senha, a minha chave mágica: Meu nome é Agnaldo Mota, eu sou irmão de Alaôr!
Desta forma eu me apresentei pra Chiquinho de Jeco, na Oficina Gráfica do Jornal Cidade de Pinheiro, onde o Alaôr trabalhava como estagiário. Assim, foi que eu entrei pela primeira vez, ali. A minha curiosidade infantil levava-me a descobrir como se faz um jornal. E eu tinha a senha!
Zé Isaias Ferreira, Lueudimar Ribeiro, Rufino Fernandes, Zé Roberto Soares, Tinche, perguntavam-me: Tu és irmão de Alaôr? E eu lhes respondia, cheio de orgulho: Meu nome é Agnaldo Mota, eu sou irmão de Alaôr!
Alaôr Pereira Mota é o filho primogênito do casal José Floriano Mota (Zé Mota) e Caetana Pereira Mota (Dona Tatá). Nasceu na Cidade de Pinheiro – MA. Em 09 de janeiro de 1941.
Alaôr sempre foi um ser prodígio desde pequeno. Meus pais costumavam dizer-me que nunca precisaram mandá-lo estudar – fazer os deveres escolares de casa. Ele sabia dar prioridade ao que tinha prioridade. Já havia feito, em criança, a sua escala hierárquica de valores!
Quando adolescente costumava ser um dos primeiros da turma. Estudioso, inteligente, amigo constante, dos colegas e dos professores. Sempre com um sorriso franco, alegre e uma frase educativa, na ponta da língua, adequada ao momento. Era também "O Batoré" da turma, grande porém, em suas atitudes e resultados, como estudante, como filho e irmão dedicado e atencioso com todos que o abordassem.
Aos 17 anos, foi aprovado em 1º lugar, no Concurso para a Escola de Sargento das Armas do Exército, no 24º Batalhão de Caçadores, em São Luís – MA.. Viajou imediatamente para a cidade de Três Corações - MG., cidade natal de Pelé, onde concluiu com êxito e brilhantismo mais esta etapa da sua vida profissional.
Escolheu a cidade de Recife para morar e servir. Aqui, foi escolhido pelo Comandante para representar o Exército de Recife, na Escola Superior de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro. Era o seu primeiro curso de nível superior, que se avizinhava. Nasceu para brilhar e o fez, para orgulho da família e da comunidade de Pinheiro.
O falecimento de Alaôr Pereira Mota – Capitão Reformado do Exército, Odontólogo renomado, como civil, aconteceu em 05/AGO/2.008, na cidade do Rio de Janeiro, onde morava, no dia do 54º aniversário de falecimento da mãe dele e minha também. Deixou viúva Dra. Sandra Cóscio Mota e a filha do casal Bianca Cóscio Mota, formada em Bioquímica. Deixou também 15 irmãos e minhares de amigos.
Durante a Sentinela do Alaôr, muitos dos seus amigos presentes se acercaram da família para testemunhar a pessoa de bem que ele conseguiu ser a cada momento de sua vida. Chamou-me à atenção de modo especial, duas sentenças do Capitão Jarbas, que foi superior da unidade, no período em que Alaôr, seu subordinado no Exército, estudava na Faculdade de Odontologia: "Ninguém conseguia, conhecendo o Alaôr, abrir mão de sua amizade!" "Alaôr sempre foi e sempre será um menino de ouro!"
Seu sepultamento aconteceu no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro, no dia seguinte (06/AGO/2.008).
Dentre as centenas de lições de vida que eu aprendi com o meu irmão Alaôr, eis aqui uma delas: "Um homem só tem o direito de olhar a outro homem, de cima pra baixo, se estiver decidido a ajudá-lo a se levantar!"
Alaôr, além de morar no Coração de todos aqueles que pertencem à sua família, em Pinheiro, Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro, mora também na mente e no coração de todas as pessoas que foram agraciadas, em conhecê-lo e assim privaram da sua amizade, do seu sorriso, do seu companheirismo e da sua alegria. E é por isso que estamos aqui a reverenciar a vida e a alegria de viver, que aprendemos com ele!
Quando eu mando flores, vou junto. Quando escrevo e quando rezo... também!
Eu me chamo Agnaldo Mota. Eu sou irmão de Alaôr!
Saudações Pinheirenses!

José Agnaldo Pereira Mota
= PINHEIRENSE =
agnaldomota@elo.com.br

- Jornal Folha de Pinheiro Nº 177 - SET/2.008.
- Jornal Cidade de Pinheiro Nº 3.181-AGO/2.008,
neste com o título: "O Ir

Nenhum comentário:

Postar um comentário