domingo, 17 de janeiro de 2010

Natal, etc e tal

Dezembro, nas ruas do comércio os autofalantes ecoam músicas melancólicas, mas não ficamos tristes, parece que nos entregamos mais a nós mesmos e introjetado nessa esfera nada enigmática que aflora a essência de cada um em sermos "bons", quase nunca estamos comprando algo que não seja para outros. Outros que certamente amamos e, outros que movidos por esse extase descobrimos inconcientemente que também amamos. Na prática seria mais ou menos assim: Vou comprar isto pra mamãe, isto pro meu pai, estes aqui são pros meus filhos, esposa e, pensado bem "acho que vou levar também pra fulano, beltrano etc... O curioso é que ao chegar em casa quase todos se interessam em saber o qual o presente de cicrano e beltrano. Pronto contagiei com meu Espírito "natalino" a essência quase sonolenta que existe em cada um de nós. Mas de algum tempo pra cá, venho trocando o dia 24,25 de dezembro por quase todos os dias outros do ano, assim como faço também nos aniversários, inclusive o meu. Meus presentes passaram a ser minha presença. Quanto a coisas materiais, não tem data certa. Pode ser qualquer dia. Aliás, ha muito não sigo regras. Prefiro a minha determinação de ser como devo ser. Nós crescemos e nossa peregrinação quase sempre chata nos o"obriga" a passar nas casas dos amados conservadores e, no final não ficar em lugar nenhum. Outro fato curioso é o poder do relógio a ditar a hora em que devemos nos acotovelar para desejar um feliz natal. Os jovens ficam ansiosos para a meia noite chegar logo. Eles vão sair, passear, comemorar um dia incomum pra todo mundo, inclusive para eles. Os jovens são lindos todos os dias. De boca bem aberta dizem: Nós achamos isso tudo muito chato. Quem come Peru mais de duas vezes ao ano? - Eu não sei. Mais meu natal, devo confessar, já foi muito bom. Porém as pessoas que perdemos, a arvóre que já não é a mesma, a cerveja que é em demasia e os olhares tristonhos transformaram minha geração também achar que tudo isso é muito chato. O Natal ideal chegará um dia. Enquanto ele não vem, façamos no nosso cotidiano um pouco do que o menino Jesus pediu: Ame ao seu próximo, como a você mesmo. Mas todos os dias de nossas vidas. Quem sabe assim no dia oficial do Natal, tenhamos motivos para tomarmos algumas champangnes a mais. Com mais alegrias e menos lágrimas nos rostos aquelas que ninguém te pergunta: Porque você está chorando? - E ao te abraçar esse mesmo alguém chora também.

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