quinta-feira, 23 de julho de 2009

A impunidade no Brasil

A IMPUNIDADE está no centro do debate político brasileiro. Um olhar retrospectivo para a história do Brasil, tendo como referência a aplicação da pena de morte para delitos comuns (em contraposição a delitos políticos, militares e religiosos), a partir de documentos legais e do relato de historiadores, cronistas e viajantes, mostra que a impunidade sempre esteve na ordem do dia. A despeito da violência repressiva, marcante em diversos momentos, a ausência de efetividade do direito penal tal como escrito, seja pela prática do perdão, seja pela falta de vontade política, seja pela dificuldade de meios, é uma constante nos períodos colonial e imperial.
IMPUNIDADE SIGNIFICA falta de castigo. Do ponto de vista estritamente jurídico, impunidade é a não aplicação de determinada pena criminal a determinado caso concreto. A lei prevê para cada delito uma punição e quando o infrator não é alcançado por ela – pela fuga, pela deficiência da investigação ou, até mesmo, por algum ato posterior de "tolerância" – o crime permanece impune. Impunidade, estimula delinqu~encia.
A questão da impunidade está no centro do debate político brasileiro e, dado o caráter aparentemente inexorável, pelo menos a curto prazo, da exclusão econômica e social – o motor principal da violência –, ele tende a ser cada vez mais intenso, passional, ruidoso. Mesmo setores "progressistas", tradicionalmente mais sensíveis ao que se convencionou chamar "direitos humanos", pressionados pelo tom pragmático das disputas eleitorais, já adotam um discurso relativo à criminalidade urbana que, poucos anos atrás, era monopólio de uma "direita não esclarecida".
Há, de fato, um aumento vertiginoso da violência, assim como da população carcerária, há um sentimento de insegurança geral, assim como um investimento crescente de recursos públicos (desviados de outros setores carentes) para a construção de presídios e para o aparelhamento das polícias, e os juízes são cada vez mais rigorosos na aplicação das leis penais, que, por sua vez, são cada vez mais drásticas. Mas não há um projeto de segurança pública que ultrapasse a idéia de punir.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Meu Irmão

Quando criança
sentiamos a cumplicidade no olhar
as brincadeiras
as broncas
No sentar para comer
as fantasias próprias sa idade.
Horas de cochicho na cama
até pegar no sono.
Fomos crescendo
junto, o peso da responsabilidade
o distanciamento
outros quereres
planos que se traçam
e se frustram
sonhos que ficam perdidos na memória
Olhar longe
com receio de cruzar os olhares.
Se perdendo no muito em fazer.
Que o meu entardecer
seja o seu amanhecer,
só que esse sol é o mesmo
eu sou o mesmo.
Toda vez que ver uma rosa
saiba que ela simboliza o amor
meu irmão que sinto por você.
Quando sentir uma brisa leve
sou eu a te abraçar
Ao olhar pro mar
ele estiver revolto
é a saudade dentro do meu peito.
A distância é um detalhe.
O pulsar do coração
é a esperança de alcançar o sucesso.
A chegada é a alegria
de ver um irmão a casa retornar.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Homenagem a Nonato e seu conjunto (Aflitos)


De cara imagina-se ser um grupo de lambada dos anos 70, mais fica dificil definir um estilo para o grupo maranhense que teve suas gravações bastante executadas no nordeste, encontramos uma grande influencia afro, black soul e uma diversidade de tendencias.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Eu não sonho ha um bom tempo


A caixa de bolachas Biriba, a lata de goiabada, só tinham sentido para mim, vazias pois eu as transformava em acessórios para a montagem de minha bateria no fundo de quintal; onde eu fantasiava ou até mesmo acreditava ser um quatro em um só, superando na minha infatilidade a santíssima trindade, claro que não passava isso pela minha cabeça, cabeça de criança que nem sabe rezar. Refiro-me aos Beatles, então eu era o Ringo na bateria, George, Paul e Lennon.Era só por que meu irmão não gostava de brincar de conjunto como se chamava na época, ou talvez por que achasse que eu levava aquilo muito a sério e talvez ele tivesse razão, pois eu tinha plena consciência de que cantava bem melhor do que os Beatles, imagina meu irmão! Futebol,não, Futebol era coisa séria disputada na piçarra sem a mínima preocupação com o Merthiolate que naquele tempo ardia pra cacete. Então jogar futebol era muito realítico pra mim, gostava mas não era comparável às sessões de Globos de Ouro que eu apresentava, onde eu era o décimo e o primeiro lugar, o Apresentador, o Diretor, os Interpretes e a Platéia... Aí de uma hora pra outra cresci e a fantasia se perdeu no tempo e a realidade dos meus dias não me permitem acreditar que as caixas de bolachas ainda existam e que os Beatles sou eu... "E essas lembranças me doem tanto, que eu canto pra ver se espanto esse mal"

sábado, 4 de julho de 2009

Eu e a diplomacia (Chico Anysio)

Eu nunca poderia ser diplomata. Nunca, mesmo, porque, como o meu querido amigo Ciro Gomes, eu tenho pavio curto.
Não sei se vocês leram, mas um deputado italiano, cujo nome eu não decorei, referindo-se a este triste episódio do tal do Battiste – que deve ser um amigo do peito do Tarso Genro – que recebeu asilo do Brasil, disse, textualmente:
- Nunca eu soube que o Brasil fosse famoso por seus juristas, mas sim por suas dançarinas.
Esse “dançarinas” que o babacão italiano disse é uma referência às prostitutas, que eles vêm aqui e levam pra lá, enganando-as com uma provável riqueza. Mas é um cidadão mal informado, porque o Brasil é famoso TAMBÉM por seus juristas, porque o maior que já apareceu no mundo, foi o nosso Rui Barbosa, cujo talento chegou ao ponto de, na Conferência de Haia”, dizer:
- Em que língua quereis que eu fale?
Ele falava simplesmente TODAS. Ao sair do Brasil, o que lhe faltava aprender era árabe e ele aprendeu árabe durante a viagem até a Europa. Rui Barbosa, foi o jurista brasileiro que colocou na casa onde morava na cidade de Londres uma placa que dizia: “Ensina-se inglês aos ingleses”.
O deputado italiano insinuou que o Brasil é um pais que acobertou e “talvez ainda acoberte alguns nazistas”. Ora, mas ao que me consta não foi o Brasil quem se aliou à Alemanha nazista durante a guerra. O Brasil foi o pais que foi à Itália e deu couro nos italianos nas batalhas travadas em Monte Castelo e Montese, ou seja: em território italiano. O Brasil não foi o país que teve como imperadores Calígula, Nero e outros imbecis, como de fato acabaram sendo todos os demais imperadores de Roma. O Brasil é famoso por seu futebol, sua música, suas mulheres maravilhosas, seu clima, sua força. O Brasil é o pais de maior adiantamento em todos os tempos, tratando-se de um país situado em clima tropical. O Brasil é famoso por suas praias e seus juristas. O Brasil é famoso por nunca ter colocado uma prostituta na câmara, como fez a Itália, elegendo Cicciolina.
O Brasil deu asilo a este Battiste (eu até acho que erroneamente), mas deu asilo, também e principalmente, a um mundo de italianos famintos, vítimas das guerras em que se meteram e perderam, dando terras a eles para que conseguissem sobreviver. E quem foi que não nos deu o Cacciola? Não foi a Itália, pais desse deputado de merda? Não será o Battiste uma forra?
Eu tenho o maior respeito pelos italianos que moram no Brasil e sou grato à mão de obra que eles nos deram nos tempos do café e nos ajudaram a construir este pais maravilhoso que o Brasil é. Os italianos-brasilianos têm o meu respeito e o meu carinho, mas os que vivem na Itália são insuportáveis, porque se consideram melhores do que nós e nos diminuem, sempre que têm uma chance. Eu não os diminuo nunca, porque não acho que seja necessário: eles, por si mesmos já são mínimos.
Eu não poderia ser diplomata, porque ao ouvir o
que este bundão disse, eu botava o Corinthians em campo e fazia o cachorro latir. Mas coitado. Ele mora na Itália, um paisinho que é menor do que o estado de São Paulo e que vive do seu passado tenebroso.
É no Brasil que está o Rio de Janeiro, a maior cidade litorânea do mundo. Se há entre a Itália e o Brasil um pais que tenha futuro, este país é o Brasil, porque para a Itália sobra apenas o passado.
Nós estamos aqui, de braços abertos para os italianos da terceira idade que, por serem inteligentes, escolheram o Brasil para viver seus últimos anos de vida e hoje habitam no nordeste.
Não sei o que o meu amigo Celso Amorim fará, em resposta à infeliz frase do infame deputado, mas ele precisa ser espetado. Não sei como, mas uma porradinha ele tem que levar.
Só pra sacanear o distinto deputado: Jericoacoara é aqui.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Solidão



"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma".

Fátima Irene Pinto

Assim caminha a humanidade...

A Justiça determinou a divisão do prêmio de R$ 27,7 milhões da Mega-Sena, que saiu para um bilhete de Joaçaba (SC), em setembro de 2007. A decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em segunda instância, foi determinada nesta quinta-feira (2). Cabe recurso.

O prêmio do concurso 898 da Mega-Sena estava acumulado em R$ 55,5 milhões e saiu para duas apostas, uma de Rondônia e a outra de Santa Catarina. A metade desse valor é disputada por um empresário de Joaçaba e Flávio Biassi, seu ex-funcionário.

Biassi acusa o ex-patrão de ter roubado seu bilhete premiado. Um familiar dele contou ao G1 que o jovem teria dado R$ 1,50 e escolhido os números para que o patrão fizesse a aposta. Informalmente, teriam combinado de repartir o dinheiro se os números fossem sorteados.

Ainda de acordo com os familiares de Biassi, no dia seguinte ao sorteio, o empresário teria ido à casa do rapaz para comemorar e confirmou ao pai do jovem que os números escolhidos por Biassi tinham sido sorteados. Segundo o parente de Biassi, várias testemunhas ouviram o homem afirmar que eles ganharam o prêmio juntos. Essa versão é contestada pelos advogados do empresário.

Em primeira instância, o juiz entendeu que o prêmio deveria ser dividido entre os dois. Agora, o TJ confirmou a sentença. O advogado do empresário disse que vai recorrer.