domingo, 20 de abril de 2008

Almas em Desassossego....



Sempre fui um amante de muitas coisas, e entre elas está o estudo do Comportamento. Tudo isso data de muito cedo. Acreditem que até hoje não descobri em mim a razão para ao mesmo tempo em que me apaixono, recear o amor... Talvez o fato de amar é tão grandioso que chega a fazer-me um "mal" ou um bem tão grandioso que meu cérebro louco não liquidifica muito bem e faz com meu corpo físico entre em erupção somatizante, abatendo-me o que pouco de pele me resta. Talvez, não tenha eu deixado tão claro o que sucede comigo, talvez eu esteja não tão bem assim. Passei de uns trinta anos pra cá a colecionar palavras e/ou expressões que não gosto. E não passei a colecionar por conta própria, mas sim por razões outras que não é oportuno colocar aqui agora. Como colher de chá cito algumas:
- CLIMA, TENSÃO, POTENCIALIZAÇÃO DE PROBLEMAS, RAIVA, HIPOCRISIA etc... Substituí-las por outras que tornam mais fácil meu trabalho diário como curioso da área comportamental. Digo curioso, porque não tive coragem de encarar a UFMA até o final do Curso de Psicologia para tornar-me Doutor. Se o tempo voltasse a única coisa que eu faria diferente em relação a isso, seria não fazer aquele Maldito Vestibular em que eu roubei a vaga de alguém. Também não teria que ficar ouvindo a vida toda minha Mãe dizer: "Viu só, não quiseste acabar o Curso". E quando fico calado prá essas chamadas de atenção, sei no íntimo que estou desempenhando meu papel de Psicólogo do senso comum. Pois bem, queridos, acabei de assistir a entrevista do "Pai" e madrasta da Isabela, e nem um de vocês ficaram com dúvidas ou ficaram? De um lado um "homem" atônito, repetitivo e perdido; do outro lado uma "mulher" carregada até o gogó de mágoas, remorsos e medos. A expressão mais usada por esse Senhor foi: "Eu não entendo", "É isso que eu não entendo". Eu diria: Eu também não entendo. Não sou Psicólogo, e os que conheço também não entendem. Talvez quem sabe isso sirva de atenuante para ele. Por parte dela identifiquei o remorso e o arrependimento retratado nas lágrimas verdadeiras. Se não sou Psicólogo, saibam que Direito é uma área que jamais faria. Portanto nenhuma insinuação de Advogado, ainda mais do Diabo. O que é certo ou mais do que certo é que uma única explicação "iluminaria" as dúvidas. São mentes em desassossego ou em espasmos de desassosego. Faltou vigilância, mas não no prédio, mas na alma, no Espírito. Se traçassemos um exemplo através de um desenho onde puséssemos a desenhar uma vila, certamente as casas não teriam muros. Tudo porque quando nos pomos a escrever, desenhar colocamos no papel a revelação do nosso melhor inconsciente. No meu desenho não tem muro, porque minha alma, meu espírito só delimita fronteira entre o bem e o mal. Não são senão nossas almas que precisam de presente vigilância. É certo dizer que quem mata também ama, mas não diria que quem ama mata o ser amado. Mas se assim o faz, necessariamente idendificamos o desassossego Espiritual. Porque a consciência que nos cobra e que sabe nossa verdade não entra em desassossego jamais. É uma implacável agenda acionada sem nossa permissão, a nos cobrar a remissão que certamente virá em mais um "mistério" assinado por Deus, e em uma pena imputada pelo Homem. Valerá a pena saldar os débitos. Sempre é todo dia.

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