quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Quando acaba...

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim..
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah,terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo.....
- Que pena...acabou....
- é...não deu certo...
Claro que deu! Deu certo durante o tempo que se esteve juntos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar 100% de você para você mesmo, como cobrar 100% do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga...se não bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar.... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por pena.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração.....
Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse....
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta.. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar...
Enfim....quem disse que ser adulto é fácil ?????


Arnaldo Jabor

terça-feira, 25 de agosto de 2009

PQP

No momento em que estou abrindo o blog para publicar mais alguma coisa, recebo uma ligação do meu amado, Daniel Augusto, que diz exatamente isso: Pai, tu viu no fantástico domingo? VOCÊ NÃO VALE NADA, MAS EU GOSTO DE VOCÊ -

É fogo a capacidade que temos em ficar felizes ao ouvir a voz de um filho, principalmente quando nos faz rir... Mas eu entendo, é que ele sabe que meu amor por ele é maior do que qualquer coisa. Tanto que ainda tenho chances no Campeonato Brasileiro, uma vez que o Tricolor paulista promete arrebentar. Claro que o São Paulo, é o time pelo qual o Daniel torce. E eu também. JURO!

domingo, 16 de agosto de 2009

A Paz que eu procuro


Bom dia Deus,

Se eu estiver feliz comigo mesmo e despreocupado com os problemas dos outros, então não estou em paz. A paz que eu procuro, o mundo não me pode dar. Quando os homens falam de paz quase sempre entendem ausência de conflito e de guerra. Mas muito poucos na verdade entendem a paz como presença de amor, de ternura de real e verdadeira preocupação pelos outros, de certeza que tu estás conosco, "Shalom". E eu também sou assim Pai, falo de paz mas nem sempre a tenho. Eu também a confundo com ausência de conflito, ausência de tensões e de crises, sossego, conforto pessoal. Mas se a paz que eu pretendo viver no dia de hoje for real e verdadeira, então não vou dscansar. Porque, tendo encontrado minha resposta, sentirei o desejo de que outros também estejam em paz. É por me sentir feliz e bem que eu não tenho parado, tenho buscado a tua paz e a dos outros com sinceridade. mas tenho errado muito e muitas vezes, quando não comprendi que a paz que dou nem sempre é a paz que os outros procuram, que meu jeito de falar ou deixar as pessoas em paz nem sempre é um jeito divino. Ensina-me por isso mesmo Pai a ser antes de tudo, honesto comigo mesmo. Honesto nas atitudes e palavras, porque a paz nunca é feita de mentira. Dá-me pois, a paz que o mundo não sabe dar. Dirige meu olhar na direção dos pobres e sofredores. Dá-me o amor imenso por eles, e a vontade de lutar por eles, sem ódio algum no coração contra ninguém, nem mesmo contra seus opressores. Esta manhã, tira-me Senhor, o meu sossêgo, enche-me de justiça e dá-me a paz de Jesus Cristo. A paz inquieta de quem busca para os outros a alegria e a serenidade que diz ter encontrado. que eu não descanse nem sossegue. Bom dia Deus - Pe Zezinho

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ao nosso filho (O Montenegro)

Se hoje tua mão não tem manga ou goiaba
Se a nossa pelada se foi com o dia
Te peço desculpas, me abraça meu filho
Perdoa essa melancolia
Se hoje você não estranha a crueza
Dos lagos sem peixe da rua vazia
Te olho sem jeito, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei tanto quanto eu podia
Se hoje teus olhos vislumbram com medo
Você já não vê e eu juro que havia
Te afago o cabelo, me abraça meu filho
Perdoa essa minha agonia
Se deixo você no absurdo planeta
Sem pique-bandeira e pelada vadia
Fujo do teu olho, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei, mas você merecia

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quando eu faço a minha prece


Quando eu faço a minha prece
Eu nunca rezo por mim
Não é porque não precise
Nem porque sou orgulhoso
Mas é porque me ensinaram
Que o teu amor é sem fim
Ai, eu penso, comigo
Se és um Deus tão amigo
Então já pensas em mim
Quando eu faço a minha prece
Nunca digo o que eu preciso
Quando criança eu pedia
Mas depois criei juizo
E penso com meus botões:
Se és tão pai como dizem
Antes de eu abrir a boca
Já sabes do que eu preciso
Então por que pediria?
Vais me dar
Se eu precisar
Às vezes eu sou tentado
A te fazer uns pedidos
Chorar forte nos teus ombros
Os meus sentimentos feridos
Falar das minhas tristezas
Dessa dor que às vezes dói
Dessa raiva que me rói
De ver meu povo pisado
Tratado como animal
Então eu penso comigo:
Vou pedir pra mim, por que?
Se quase nada me falta
E meu povo nada tem
Se eu sou feliz ao meu modo
E há tanta gente infeliz
Então eu rezo por eles
E te digo: meu Senhor
O amor a mais que eu teria
Dá pra eles, por favor...
Quando eu faço a minha prece
Eu nunca rezo por mim
Um padre uma vez me disse
Que não é bom, nem ruim
Mas não é que eu não precise
Nem por ser pobre e orgulhoso
É que já me deste tanto
E me fazes tão feliz
Que por saber que tu amas
E teu amor é sem fim
Prefiro falar dos outros
E falar menos de mim
Mas Deus se isso é pecado
Então começo a rezar
Mas aviso antecipado
Vai ser um não acabar
Porque pedido não falta
E precisão também não
E fé também não me falha
Só que eu penso em meu irmão
Coitado dele meu Deus
Precisa mais do que eu
Eu já tenho o que eu preciso
Tenho até muito mais
Por isso meu Deus amigo
Deixa que eu fale contigo
Como quem não pede mais
Eu prefiro aquela prece
Do homem que te agradece
Até pelo que não tem
Quando a dor dói doída
Ele ainda diz: amém!
Bom Deus, se for tão errado
Rezar olhando pro lado
E apontando meu irmão
Então pelo jeito teu evangelho
Ficou velho
Pois Jesus orava muito
E às vezes fala de si
Mas a vida inteira dele
Falou dos homens de ti
E mais do que tudo isso
Falou aos homens de ti
Quando eu faço a minha prece
Eu nunca rezo por mim
E esta é mais uma delas
Bom dia meu Deus sem fim
Meu Deus amigo e fiel
É muito bom estar vivo
Mesmo se o gosto é de fel
Mas põe no colo esta gente
Que não sabe o que é amar
Eles precisam de reza
Como precisam Senhor
Quanto a mim, tenho certeza
Se eu precisar vou ganhar
E mesmo que não receba
Não vou deixar de rezar
Tudo o que eu sei nessa vida
É que tu amas sem fim
E enquanto eu cuido dos outros
Tu não te esqueces de mim.

Pe Zezinho SCJ

domingo, 2 de agosto de 2009

Meninos eu vi (Arnaldo Jabor)

VOCÊS VIRAM TAMBÉM, MAS ACHO QUE ESQUECERAM.

Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a notícia: "Getúlio deu um tiro no peito!"
Eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai da presidência para o nada?

Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde:
"O Jânio renunciou!"
Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galo e de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha a ré e eu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JK tinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um trem fantasma andando pra trás.

Depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o "socialismo tropical", em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto o General Mourão Filho tomava a cidade, dizendo:
"Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada!"

Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória do fascismo, com velas na janela e rosários na mão; vi a capa do "O Cruzeiro" com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era?
Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e, aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneus dos carros, como um filme de horror; Eu, que vivera até então de palavras utópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisas reais.

Depois, vi a tristeza dos dias militares, "Brasil ame-o ou deixe-o", a Transamazônica arrombando a floresta, vi o rosto patético de Costa e Silva,a gargalhada da primeira perua Yolanda, mandando o marido fechar o Congresso.
Vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo o AI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, a gente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta, criminosos na própria terra;

Depois, vi o rosto terrível do Médici, frio como um vampiro, com sua mulher do lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70, Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheiros heróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem e pela burrice de querer vencer o Exército com estilingues;

Não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões, enquanto, em S.Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitários enchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do "milagre" brasileiro, enquanto as cachoeiras de Sete Quedas desapareciam de repente;

Depois eu vi os órgãos genitais do General Figueiredo, sobressaindo em sua sunguinha preta, ele fazendo ginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidente pulando a cavalo, truculento, devolvendo o país falido aos paisanos, para nós pagarmos a conta da dívida externa.

Vi, as grandes marchas pelas "diretas" e vi, estarrecido, um micróbio chegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, de galochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse e matando o homem, diante de nosso desespero.

E eu vi então a democracia restaurada pelo bigodão de Sarney, o homem da ditadura, de jaquetão, posando de oligarca esclarecido;
Vi o fracasso do Plano Cruzado, depois eu vi a volta de todos os vícios nacionais, o clientelismo, a corrupção, a impossibilidade de governar o país, a inflação chegando a 80 por cento num único mês.

Meninos, eu vi as maquininhas do supermercado fazendo tlec tlec tlec como matracas fúnebres de nossa tragédia.
Eu vi tanta coisa, meninos, eu vi a inflação comer salários dos mais pobres a 2% ao dia.
Eu vi o massacre de miseráveis pela fome, ou melhor, eu não vi os milhões de mortos pela correção monetária, não vi porque eles morriam silenciosamente, longe da burguesia e da mídia.
Mas vi os bancos ganhando bilhões no over e no spread , dólares no colchão, a sensação de perda diária de valor da vida.

Eu vi a decepção com a democracia, pois tudo tinha piorado, eu vi de repente o Collor vindo de longe, fazendo um cooper em direção a nosso destino, bonito, jovem, fascinando os otários da nação, que entraram numa onda política "aveadada", dizendo:
"Ele é macho, bonito e vai nos salvar...".
Eu vi o Collor tascar a grana do país todo e depois a nação passar dois anos "de quatro", olhando pelo buraco da fechadura da Casa da Dinda, para saber o que nos esperava.
Eu vi Rosane Collor chorando porque o presidente tirara a aliança.
Eu vi a barriga de Joãozinho Malta, irmão da primeira-dama, dando tiros nas pessoas, eu vi a piscina azul no meio da caatinga, eu vi depois a sinistra careca de PC juntando o bilhão do butim.
Eu vi Zélia dançando o bolero com Cabral em cima de nossa cara, eu vi a guerra dos irmãos Collor, Fernando contra Pedro e, depois, como numa saga grega, eu vi o câncer corroendo-lhe a cabeça.

Eu vi o impeachment , eu vi tanta coisa, meninos, e depois eu vi, por acaso, por mero acaso, por uma paixão de Itamar, eu vi o FHC chegar ao poder, com a única tentativa de racionalidade política de nossa história num antro de fisiológicos e ignorantes.

E, aí, eu vi a maior campanha de oposição de nossa época, implacável, sabotadora, eu vi a inveja repulsiva da Academia contra ele, eu vi a traição de seus aliados, todos unidos contra as reformas, uns agarrados na corrupção e outros na sobrevida de suas doenças ideológicas infantis.

E agora eu vejo o estranho desejo de regresso ao mundo do atraso, do erro e das velhas utopias. Vejo a direita se organizando para cooptar a oposição, comendo-a, vejo um exército de oligarcas se preparando para a vingança, vejo ACM, Barbalhos e Sarneys prontos para tomar o Congresso de assalto, para impedir qualquer mudança e voltar aos bons tempos da zona geral.

Meninos, vocês viram também, mas acho que esqueceram.

O Egoísmo unifica os insignificantes

“Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Uma pessoa é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, e quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: amizade, respeito, zelo e até mesmo amor.
Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você.
E pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho."

(William Shakespeare)