sexta-feira, 27 de julho de 2007

Juvenília (RPM)


Sinto um imenso vazio e o Brasil
Que herda o costume servil
Não serviu pra mim
Juventude
Aventura e medo
Desde cedo
Encerrado em grades de aço
E um pedaço do meu coração é teu
Destroçado com as mãos
Pelas mãos de Deus
E as imagens
Transmissões divinas
E o cinismo
E o protestantismo europeu
Parte o primeiro avião
E eu não vou voltar
E quem vem pra ficar
Pra cuidar de ti
Terra linda
Sofre ainda a vinda de piratas
Mercenários sem direção
E eu até sei quem são
Sim eu sei
Você sempre faz confusão, diz que não
E vem, vem chorando
Vem pedir desculpas
Vem sangrando
Dividir a culpa entre nós

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Calar..

" 0 silêncio é um momento vivificante de graça, em que a criatura se cala, mas o espírito fala"Calar sobre sua própria pessoa, é humildade.Calar sobre os defeitos dos outros , é caridade.Calar quando a gente está sofrendo, é heroísmo.Calar diante do sofrimento alheio é covardia.Calar diante da injustiça, é fraqueza.Calar quando o outro está falando, é delicadeza.Calar quando o outro espera um palavra, é omissão.Calar e não falar palavras inúteis, é penitência.Calar quando não há necessidade de falar, é prudência.Calar quando deus nos fala no coração, é silêncio.Calar, diante do mistério que não entendemos, é sabedoria. (Enviada pelo Orkut por uma amiga maravilhosa: GILDA).

terça-feira, 24 de julho de 2007

Compreendendo a Lei da Causa e Efeito

Todos estamos sujeitos às leis que regem a vida na Terra. Independente do fato de termos ou não conhecimento delas, estamos submetidos aos seus efeitos e não há nada que possamos fazer para modificar isso.A lei da gravidade, por exemplo, muito antes de ser formulada por Isaac Newton, já exercia a sua influência sobre todos os corpos sobre a superfície do planeta.O mesmo acontece com as leis espirituais. Não importa se acreditamos ou não, elas atuam sobre as nossas vidas independente da nossa vontade. O conhecimento dessas leis se reflete diretamente nos acontecimentos da vida de cada um. Assim como, dependendo de como se utiliza a força do vento e das águas, produzimos efeitos positivos ou destrutivos, o mesmo acontece na dimensão espiritual da vida.Vejamos a lei da causa e do efeito, também conhecida como lei do karma, destino ou fatalidade. Ela anuncia que o universo nos dá a oportunidade de sermos os construtores dos nossos destinos.É preciso apenas saber plantar o que desejamos colher. Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória.A vida impõe o balanceamento dos nossos atos passados para que possamos estar quites com a lei da causa e do efeito.Assim, como quem planta laranjas não irá colher cerejas, as situações que encontramos na vida refletem aquilo que plantamos um dia. Com atenção, esforço, responsabilidade, vamos aprendendo a selecionar o tipo de "sementes" que abrigamos em nossos pensamentos. Ao fazer isso, impedimos que esses pensamentos gerem sentimentos, palavras e ações menos boas que desencadeariam resultados indesejados.Como impedir que isso aconteça? Assim que se percebe a presença de um pensamento negativo, é possível substituí-lo por outro, positivo. Se não se tem controle sobre os pensamentos que chegam, é possível impedi-los de se instalarem na mente, escolhendo outros para colocar em seu lugar. Isso funciona em todas as áreas, em todos os níveis, sob qualquer aspecto que se possa analisar. Na vida amorosa, por exemplo, é muito fácil perceber que geramos os comportamentos no parceiro(a) de acordo com aquilo que colocamos nos relacionamento.Se expressarmos amor, aceitação, carinho, respeito, confiança, iremos atrair alguém que corresponderá a esses atributos. Ao semear críticas, julgamentos, cobranças, insatisfação, certamente, nossos relacionamentos irão produzir frutos dessas sementes aumentando a infelicidade e gerando desencontros.Ter inteligência emocional é ser capaz de usar tudo em favor dos verdadeiros desejos. Fazer ao outro aquilo que gostaríamos que nos fizessem é o caminho mais seguro para fazer com que a lei de causa e efeito trabalhe a nosso favor.Se você não está gostando do jeito como os seus relacionamentos acontecem, mude o seu modo de agir. Comece mudando a si mesmo(a) como o agente do próprio destino. Seja amoroso(a), leve, generoso(a) e siga a sua vida, trabalhando nos próprios projetos, aperfeiçoando-se um pouco mais a cada dia, assumindo a responsabilidade pelo que acontece na sua vida. Como a semente regada e cuidada com amor floresce e se transforma na árvore esplendorosa, o mesmo acontecerá na sua vida, e você viverá, enfim, o amor que semeou.

Saiamos com classe...


Da mesma forma que os romances começam com encanto e charme, não há razão para grosserias ou desconsideração na hora da saída. Porque um dos dois, ou ambos, desistiram do relacionamento não significa que os cuidados com o outro devem diminuir. Ao contrário. Procure agir com a outra pessoa como gostaria que agissem com você. Valorize os momentos bons que viveram juntos, sinta-se agradecido(a) pela experiência passada, mesmo que ainda não tenha percebido seu valor.Tome os momentos ruins como aprendizado precioso. Acima de tudo, seja generoso(a) e evite se ferir ou ferir o(a) parceiro(a). É melhor ser uma boa lembrança na vida de alguém, do que ter sua imagem manchada pela desconsideração. Por isso:Não desapareça sem dar satisfações – poucas atitudes revelam tanto desrespeito quando sair de cena sem avisar. Deixar de comunicar, pessoalmente, que não está mais no relacionamento é injustificável. Nada magoa mais do que a falta de consideração e respeito. Se você compartilhou com ele(a) algum tempo da sua vida, deve terminar com educação, colocando-se honestamente. Quem some sem dar satisfações comporta-se como alguém sem caráter, que usa as pessoas e depois as descarta como se fossem objetos sem valor.Não opte pela traição explícita – certas pessoas simplesmente se envolvem com outros, usando a traição como passaporte para sair do relacionamento. Como não se sentem capazes de colocar seus sentimentos, optam por magoar o(a) parceiro(a) sem se importar em magoá-lo(a) sendo visto ao lado de outra pessoa. Nada pior do que acabar o relacionamento com uma atitude dessas. Mesmo se estiver se envolvendo com outra pessoa, cuidado. Terminar com traição queima o filme de quem age assim.Não provoque brigas – é uma grande covardia. Se não souber como terminar com ele(a), não busque transformar tudo em briga. Ninguém é obrigado a ficar num relacionamento, mas é preciso um mínimo de maturidade para assumir suas decisões. Seja adulto(a) e encare seus sentimentos expondo-os com educação.Não culpe o outro – nada de crucificar o(a) parceiro(a), como se toda a culpa fosse dele(a). Lembre-se de que o relacionamento é vivido por duas pessoas e cada um dos parceiros é responsável por cinqüenta por cento do que acontece.Não faça chantagens – é terrível, mas há quem, por falta de coragem de terminar tudo, prefere fazer uma lista de exigências e demandas para continuar na relação. Coisas quase impossíveis de serem atendidas. Assim, quem não tem as suas condições atendidas sai do relacionamento como injustiçado(a), deixando a outra pessoa como o “vilão” da história.Nada do velho papo: “a culpa é toda minha, você é o máximo” – Essa é a desculpa mais antiga do mundo. Embora possa parecer gentil, é óbvio que a pessoa está querendo se livrar da outra sem o trabalho de uma conversa. Outra desculpa a ser evitada a todo custo é dizer que o amor não acabou, mas que precisa de um tempo para você. Nada agrada mais do que a sinceridade dita com carinho e respeito. As pessoas percebem quando você não está dizendo a verdade.Não diminua o outro – por mais que você tenha motivos e vontade de apontar as falhas da outra pessoa, evite dar uma de superior(a) e deixar o(a) ex no chão. Não se deixe levar pela raiva, pela vingança e pelo desejo de deixar seu(sua) parceiro(a) com a auto-estima a zero. Estará evitando arrepender-se no futuro. A raiva passa, mas certas palavras ferem e deixam cicatrizes

Quando o medo é maior que o amor


Se o objetivo da relação amorosa é nos deixar felizes por que, dificilmente, as pessoas conseguem se relacionar de forma satisfatória? Para a sexóloga Regina Navarro Lins, “a culpa é da convivência diária, da idealização do relacionamento, das expectativas que não se cumprem, já que o cotidiano é uma prova difícil para o amor”.O psicanalista Alberto Goldim acredita que o sucesso da relação vai depender do nível de criatividade dos parceiros. “Para que o relacionamento amoroso seja uma experiência enriquecedora, é preciso ter uma vida plena consigo mesmo, resolver suas fraquezas e seus medos”. Se a realização amorosa é uma busca, muita gente permanece num relacionamento insatisfatório sem se dar conta do que faz.Essas pessoas, mesmo quando pressentem que o amor está por um fio, investem esforço e energia para manter o frágil equilíbrio entre os parceiros. Em vez de parar para perceberem se há chances de recuperar os sentimentos positivos do começo, entram em pânico diante da idéia de terminar a relação.A causa desse comportamento pode ser atribuída, em grande parte, ao medo generalizado que envolve as relações amorosas. É comum encontrar pessoas que permanecem num relacionamento por medo de olhar a vida de frente. Sintomas de baixa auto-estima e outras dificuldades emocionais que podem estar ocupando o lugar do amor:Medo de sentir-se inferior – é comum encontrar pessoas que decidem ficar ao lado de alguém apenas para cumprir o que imaginam ser o que se espera delas. Querem, a todo custo, evitar os riscos de permanecer no rol dos solteiros, como se o fato de não engrenar numa relação fosse sinônimo de incompetência amorosa. Evitam a todo custo passar por incapazes ou encalhados aos olhos das outras pessoas Por isso, preferem juntar as escovas-de-dente, mesmo sem muita convicção, a passar pelo desconforto de serem cobrados(as) pela família e pelos amigos. Caindo na real - pessoas que agem assim, não percebem que são vítimas dos próprios preconceitos. Estão, na verdade, projetando nos outros as crenças limitantes que assimilaram. Entrar numa relação que não traz felicidade é tornar-se responsável pelo próprio sofrimento. Trabalhar a auto-estima, reavaliar o grupo de amigos e desenvolver a consciência de é preciso sentir-se bem consigo mesmo(a) antes de estar numa relação, pode ajudar a mudar esse quadro.Medo de solidão – desde a infância aprende-se que a solidão é um castigo e que viver só deve ser evitado a todo custo. A mídia explora esse conceito que acaba entrando no inconsciente das pessoas. Estar ao lado de alguém passa a ser o objetivo, e não a conseqüência do encontro amoroso, impossibilitando a verdadeira independência emocional. Caindo na real - a questão é que, embora quase todos temam a solidão, a vida a dois não é garantia contra a sensação de estar só. Não basta estar acompanhado(a). Pior do que ser sozinho(a), é sentir solidão a dois. Pessoas que não têm muito em comum acabam sem ter o que dizer uma para a outra, correndo o risco de se verem presas a compromissos familiares. É preciso ter coragem para viver com autonomia. Desta forma, estar livre e disponível para o momento em que o verdadeiro encontro amoroso acontecer.Medo de encarar a verdade – existem aqueles que preferem tapar o sol com a peneira, optando por fingir que tudo está bem, mesmo quando a situação está insuportável. Esse comportamento é típico de quem se recusa a agir de forma adulta. Muitas pessoas preferem fazer de conta que a ausência de harmonia e prazer faz parte da rotina, desistindo assim dos seus sonhos. Tudo por medo de enfrentar o desconforto de se confrontar com a verdade. Caindo na real- quando a convivência não acontece num clima de amor e alegria, envolvendo o desejo de compartilhar com o(a) parceiro(a) sentimentos, dificuldades, objetivos pessoais, algo não vai bem. É preciso que ambos se disponham a deixar que a verdade suba à tona. Não se trata de buscar culpados ou lamentar erros passados. É preciso estar consciente de que só um relacionamento fundamentado na verdade poderá crescer e alimentar corações. Medo de não sobreviver sem(a) parceiro(a) – a carência e a falta de auto-estima fazem com que algumas pessoas acreditem que não irão sobreviver se o relacionamento acabar. Embora o medo do desconhecido seja normal, muita gente se deixa paralisar por fantasias de desamparo e perigo, como se não tivessem competência para cuida de si próprias. Quanto menos alguém se valoriza, maior a tendência em projetar no outro a segurança que precisa para viver. Isso pode manter relacionamentos insatisfatórios que consomem a energia dos parceiros sem perspectiva de felicidade.Caindo na real - É importante se dar conta que cada um de nós é responsável pela própria vida. A segurança é algo interno e ninguém poderá fazer com que você fique bem, se não estiver bem consigo próprio(a). Quem tem a coragem de enfrentar seus medos recebe a recompensa. Na maior parte das vezes, depois de um período difícil, quem achava que ia morrer passa a curtir a vida novamente, feliz por ter saído de uma relação insatisfatória.Medo de fracassar– para muitos, terminar um relacionamento amoroso provoca uma sensação de fracasso, como se o final da relação fosse culpa da sua incapacidade de amar. Pessoas que costumam dar muita importância à opinião dos outros, ou que costumam achar que são culpadas por tudo o que acontece, podem ficar num relacionamento sem amor por medo de sentirem-se fracassadas.Caindo na real - O fracasso não existe. O que verificamos na vida são resultados. Dependendo dos resultados que obtemos na vida, temos a tendência de classifica-los como sucessos ou fracassos. Recomeçar sempre, lembrando que cada experiência é um passo a mais em seu processo de amadurecimento emocional. Medo de ter que tomar uma atitude– seja por insegurança, baixa auto-estima ou simplesmente masoquismo, há pessoas que se apavoram com o simples pensamento de que poderão ficar sem o relacionamento com o qual se acostumaram. Elas agem como se fosse preferível suportar qualquer aborrecimento a tomar a iniciativa de terminar a relação. Caindo na real - quem não conhece nem respeita os próprios limites acaba se tornando vítima dos acontecimentos. Quando o(a) parceiro(a) deixa de ser uma presença positiva na sua vida e você se sente ofendido(a) com seu comportamento, é hora de assumir as próprias escolhas. Quem não toma uma atitude acaba se responsabilizando pelo próprio sofrimento.Medo de não ter outra chance- muita gente tem medo de terminar um relacionamento e nunca mais encontrar outro(a) parceiro(a). Por isso, sujeitam-se a viver insatisfatoriamente. Quem age assim, costuma ser do time que acredita que “ruim com ele(a), pior sem ele(a). São pessoas que precisam de um(a) parceiro(a) como uma espécie de comprovação social do seu valor.Caindo na real- da mesma forma que alguém pode projetar no futuro seus medos e incertezas, também pode projetar esperança e realizações para si próprio(a). A vida é uma construção que acontece no tempo presente. Quem se agarra à falsa idéia de segurança está, na verdade, adiando as oportunidades de encontrar alguém com quem possa viver um amor de verdade

Queria ser


Queria ser uma folha de papel em branco, onde as pessoas pudessem escrever, o quanto elas são felizes ou não. Queria ser só dez minutos de chuva, pra poder apagar esse fogo que atua tua solidão. Queria ser... qualquer coisa mais firme que não houvesse ao som das palavras, que não morresse ao som da melodia, da melodia de uma canção. Queria ser qualquer coisa mais livre sobrevoar essa doce prisão; que é o valor da emoção de ser gente e ter meus pés aqui no chão, aqui no chão, Queria ter...Mais um pouco de espaço pra que esses sonhos que eu sonho aqui em baixo pudessem tocar o céu. Queria ter cinco anos de idade pra que esse pano da realidade caísse a meus pés. Queria ser só um pouco mais denso pra segurar na cabeça o que eu penso, pra libertar esse medo de rua e bem mais cedo ser tudo o que sou. Queria ser qualquer coisa mais livre sobrevoar essa doce prisão, que é o valor da emoção de ser gente. Gente por condição!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Não me canso de não me cansar.

Nada contra àqueles, que por sinal não são poucos, que passam os dias de suas vidas reclamando, quase como um vicio. Tenho notado que além de sempre nos faltar algo, também perdemos a alegria de festejar qualquer objetivo alcançado. Trocamos a felicidade do momento, por palavras tais como: Puxa já era tempo; para a partir daí abrir-se a porta das reclamações, dos sofrimentos já quase adormecidos. É incrivel a capacidade que o homem tem de se empurrar prá baixo. Eu, poderia passar horas aqui escrevendo sobre isso, dada a quantidade de cenas que me vem à cabeça agora, mas acredito que em nada ajudaria a quem estar a ler esse pobre texto. Talvez o que mais me motive a escrevê-lo não seja o desejo de ver-nos mudando de atitudes diante da vida. Mas pela indignação que sinto quando pelo ao menos me dou o direito de perceber-me não tão insatisfeito assim. Parece que enlouqueci acreditando que até nos problemas encontramos diamantes que somarão ao nosso longo aprendizado na busca do caminho que nos levará a Deus. Suponho que levar esta vida, vivida aqui como se fosse a única, possa justificar os desmantelos de quem ainda não sabe o que habita em si. Eu também tenho do que reclamar, e reclamo. Mas, reclamo à minha maneira, e a minha maneira não reclama gritando, reclama lamentando, chorando cá dentro de mim, até que eu não perceba o dia em que o que ontem possa ter sido alegria, hoje eu já permita o começo do fim. Já pensei um dia que o mundo tinha acabado, já me embriaguei um bocado, já fui esquecido de lado. Mas nem isso fez o meu sofrer doer mais do que o necessário. E o necessário fez com quem começasse a aprender que o cansaço não vale a pena. É verdade que não se eterniza planos, é verdade que não nos honra enganos. Mas a maior das verdades nos leva a acreditar qua a gente não deve se cansar de não se cansar!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Ao meu filho criança


Dorme, meu filho,vai dormir!, Já sabes que não é mais hora de ficares ao meu lado sorrindo, Com o sono a ofuscar teu olhinho e a mostrar que já arrumei o teu ninho! Vai dormir, meu filho!Eu estou anos além de ti. Numa ilha que não entendes pela idade, sofrendo coisas que não nos damos, Por coisas que nem valem ufanos, e que sempre nos trazem enganos!...Falo-te com palavras que não entendes, mas, amanhã, aos teus filhos as dirás; Ontem me diziam que a vida é sábia. Eu jamais te imporei esse saber, pois que pra mim ela só nos ensina ver e cumprir o que não queremos fazer! Deixa-me só, buscando luz na noite, não me acompanhes, já é tarde!...Vai dormir, amor querido, ficarei um pouco mais em oração! Certo de que não terei da noite um recanto, do que teus olhinhos dormidos te darão!!!...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Segura-me...

Já nasci novamente, ja chorei mais uma vez. Estou crescendo, estou me alimentando do leite que me deste. Estou chorando outra vez. Estou crescendo, estou me alimentando do pão que tu me deste. Estou engatinhando, mas não consigo andar. Segura-me! Estou crescendo mais ainda. Bombas explodem ao meu redor, bombas explodem em mim, estou chorando outra vez. Acalma-me! Estou enxergando diferente, já não vejo gente como a gente, estou me alimentando da palavra que me deste. Proteja-me! Estou num tempo bem mais distante do meu outro tempo de criança, parece que já sou um homem, estou me alimentando dá saudade que me deste. Acalenta-me! O tempo tem passado tão lentamente, será que minha estada aqui é permanente? Responda-me! Nunca mais olhei o céu, as luzes da cidade não deixam, estou me alimentando da Fé que tu me deste. Na noite tá tudo sombrio, bares cheios e eu cheio de frio. Me aquece! O que foi que eu não fiz da minha vida, o que eu preciso mudar? Estou me alimentando de Sonhos. Responda-me! Talvez não cumpri tua prece, talvez não fui um irmão fiel, talvez ainda dê tempo prá reparar minhas culpas, beber o teu vinho, iluminar meu espírito. Perdoa-me!

Dr Lie Cerqueira - (Direto de Poção de Pedras)


Dr. Lie, no momento encontra-se na próspera cidade de Poção de Pedras, onde está presidindo um Congresso que trata dos males que o Futebol Brasileiro vem causando a saúde dos Tupiniquins. Bem, mas este não é o objetivo de nós que compomos sua Assessoria de Comunicação estarmos aqui. Na verdade, estamos aqui para esclarecer todas as mentiras que foram publicadas no Jornal "Parcial" de São Luís. 1- É mentirosa a afirmativa de que Dr. Lie é gay - 2- É mentirosa a afirmação de que Dr. Lie é amigo de Zeferino da Feira da Cohab, 3- Não é verdade que o Dr. Lie tem Tv a cabo pirateada, 4- É inverídico que Dr. Lie tenha pintado as barbas de Osama Bin Laden, 5- É mentiroso afirmar que Dr. Lie tenha comprado qualquer objeto nas Casas Faria, 6- Por fim não é verdadeiro afirmar que o Dr. Lie faça uso contumaz dessa nova invenção do mercado gastronomico que é a "macarronada de retorno". O Dr. Lie Cerqueira, foi, é e sempre será o Homem que todos conhecem por sua sinceridade, competência e transparência. Portanto, dr. Lie, é um homem que não se esconde. Aliás é muito fácil encontrá-lo. Ele sempre está em salas de bate papo da uol (com até 30 pessoas apenas), ou visitando sites cultulrais como por exemplo o ARIADNEMODELS. É com muita tristeza que nos despedimos. Mas prometemos voltar com excelentes notícias. Aguarde. Ah! Dr. Lie manda um xeirinho......

Puxa, será? (extraído do Portal TERRA)

15 atitudes que podem indicar que você está sendo traída(o):1) O parceiro(a) começa a dizer que precisa de um espaço só dele(a), sendo que antes o casal fazia tudo junto2) Começam as reuniões com os amigos, onde a presença do outro é totalmente dispensável e imprópria3) Ele(a) está mais interessado em comprar roupas novas ou há momentos em que sai de casa mais arrumado para fazer ações banais, como "tomar um ar"4) Seu parceiro há algum tempo começou a trabalhar até tarde e a ter reuniões no final de semana, mesmo sem mudança aparente no emprego5) Ele(a) tem se irritado ou fica estressado com facilidade6) Mudança no comportamento: ele(a) está mais amável do que o normal ou então você percebe que muitas vezes tem ficado como segundo plano7) Sempre que está ao seu lado e o celular dele(a) toca ele(a) fica sobressaltado ou quer ficar sozinho para atendê-lo8) Quando você telefona dificilmente consegue falar com ele(a)-9) O apetite sexual dele(a) mudou. O tempo todo está ocupado ou cansado demais para você ou então de uma hora para outra quer fazer sexo a todo instante com medo de que você perceba que ele tem outra(o)10) Ele(a) começa a chegar sempre atrasado em compromissos11) Ele(a) tem crises excessivas de ciúmes12) Quando chegam as contas, ele(a) trata de pegá-las rapidinho para esconder gastos com telefonemas pelo celular ou com cartões de crédito em restaurantes, motéis, presentes para a amante13) Ele(a) critica outros infiéis14) Ele(a) se incomoda de ver você muito quieta(o), com medo que você desconfie da traição15) Ele(a) começa a achar tudo caro e costuma dizer com freqüência que vocês precisam fazer passeios mais baratos para economizar dinheiro. ih! danou-se...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Ei...Estás em meu Pensamento!


Num mundo em que vivemos numa retaguarda de defesa, em que não acreditamos em quase nada, em quase ninguém, quando numa simples mensagem sabemos que estamos no pensamento de alguém, nos sentimos afagado, lisongeado, amado...E isso basta, pois o Amor tem dessas coisas, tem a dose certa que nos acalenta a alma, que o coração acalma nos pedindo calma com extrema sapiência implorando paciência prá poder amar de novo. E assim insisto em minha caminhada, enfrentado lacunas mal fechadas nos caminhos do meu Senhor. Mas de nada valeria se ao correr em busca da alegria, nos meus caminhos não soubesse superar a dor. Não há dor que eu não suporte, se na vida com a sorte eu encontrar o meu Amor. E assim não haverá mais dor nem sofrimento, se por amor em um momento eu receber outra mensagem que ainda estou em teu Pensamento. (Alguns textos aqui, foram extraídos de um outro blog meu, o pontodvista, que dei por encerrado desde que recebi elogios exagerados em meu email) Estou agradecido. Sem palavras com a generosidade de alguns. Abraços!

Amigo Apendiz



Quero ser teu amigo. Nem demais e nem de menos. Nem tão longe nem tão perto. Na medida mais precisa que eu puder. Mas amar-te, sem medida, e ficar na tua vida da maneira mais discreta que eu souber. sem tirar-te a liberdade. Sem jamais te sufocar. Sem forçar tua vontade. Sem falar quando for hora de calar, e sem calar, quando for hora de falar. Nem ausente nem presente por demais, simplesmente, calmamente, ser-te paz... É bonito ser amigo. Mas, confesso, é tão difícil aprender! E por isso eu te suplico paciência. Vou encher este teu rosto de lembranças! Dá-me tempo de acertar nossas distâncias!

Eu ontem sonhei com você



Ontem fiz o possível prá me manter acordado, só prá não deixar de pensar em ti, mas que nada, coitado, me deitei logo dormir. Mas o que aconteceu foi tão bonito, sonhei que te conheci. Então meu coração acelerava, ansioso que estava prá receber tua aprovação. Logo vi que eras linda, bem mais do que eu supunha, bem mais do que eu podia ver. Mas meu coração não se calava, me perguntava a toda hora será que ela gosta de você. E então num sorriso discreto sem nenhuma palavra roubastes um beijo meu, e prá minha surpresa meu coração já acelerado, mais forte bateu. Eu pulava de alegria e ao contrário do que eu pensava, meu coração emudeceu e as horas se passaram, a realidade me acordava prá mais um dia de ansiedade por roubar um beijo seu. Agora aqui estou sem pedir nada a Deus, não sei o que é verdade, se a maldade da distância ou a felicidade desse beijo seu. O que sei é o que proponho, coisas de vida, coisas de amor, desses que te falo, desses que sonho.

Israel



Israel, Israel. Cruzando os mares, vencendo os montes, perdi as flores e minhas plantas. Pelas sementes serrei os punhos porque, até a areia me bastaria, eu viveria e cresceria. E lá as plantas nascerão, e um dia florirão depois que amará. Mesmo quem não te quis jamais. Israel, Israel. Preciso fogo para aquecer-me, que já não tenho as minhas carnes. em vez de pão pra minha fome, me deram um laço para o meu corpo. Mas não conformo. Não, não lamento. O ódio não constrói, o meu sofrer não dói. Depois as plantas nascerão, as flores florirão e a glória que amará. Mesmo quem não te quis jamais...

domingo, 8 de julho de 2007

Os idiotas maléficos


O nome do Débil mental é Kevin Neuendorf, que na sala da delegação americana no Complexo do Riocentro, escreveu no quadro a frase “Welcome to the Congo” (Bem-vindo ao Congo) . Não que eu tenha nada contra esse país africano, mas também não sou burro prá não saber que quando esse idiota fez tal comparação, fez de forma perjorativa. Só que acabou se dando mal, pois diante das reclamações do COB juntamente com a Prefeitura do Rio de janeiro, os Americanos resolveram dar-lhe passagens de volta. No final das contas tudo não passa de um faz de conta, visto que todos nós sabemos que não são só os Americanos que nos menosprezam, mas também todo o COB, que insistem em querer nos fazer de burros, quando tentam nos fazer acreditar que dois mais dois são cinco. Dá-lhe superfaturamento!!!!

sábado, 7 de julho de 2007

ANALFABETISMO ORKUTIANO (retirado de mensagens enviadas p/meu Orkut)

Vejam o analfabetismo Orkutiano, uma agressão a língua portuguesa... Mim adisiona ae....Fala com migo dinoiteJá comprei uma COIZA falsa(Uma delas foi o dicionário, certo?!)Eu não uso cinto e sim CARDAÇO (Use-os para enforcar-se.)Moro em um OSPICIO (Mude-se para uma escola.)Eu FASO guerra d papel na sala (Esse é auto-explicativo. )Odiamos a porfessora Márcia(Dá pra perceber...) Eu tenho vergonha as veiz(Se eu fosse você, também teria vergonha.)Estudar causa câncer no celebro(Celebro? É, estudar não é mesmo a sua.) Conta a do Xumaquer, tia Cau(Xumaquer é o filho do Schumacher com a Xuxa?) Tem um excroto na minha sala! ("Excroto" é um cara que deixou de ser "croto". Seja lá o que isso signifique...) Eu pidia a siringa pro medico (Três erros em 5 palavras. Forte candidata ao prêmio "Mais Erros por Metro Quadrado".) Eu só esquesso quando eu quero(Então você esqueceu o português correto de propósito?) Eu tenho mause sem fio(Não costumo zoar erros em inglês. A nossa obrigação é saber o português. Mas calma aí, mouse já é uma palavra praticamente aportuguesada.) Ropa não mostra carater (Mas "ropa" mostra burrice.) Bulaxa creme crack e iorgut(Você é quem merece uma boa bolacha.) Eu uso oclos escuro a noite(Por isso não enxergou as teclas, não é?!)O q eles falam ñ m emporta (Então não se importe com meu comentário: burro!) Eu acisto ermes e Renato (Se assistisse mesmo, veria aquela propaganda que diz: "Desligue a TV e vá ler um livro.") Fui acusado de estrupo(Com essa sua cara de "pseudo-meliante", o máximo que você fez foi estuprar a língua portuguesa) Eu temho um selular viva(Esse tá concorrendo na categoria "mais erro por metro quadrado". Três erros em 5 palavras.) Tenho pavor de "LARGATIXA"(Também tenho medo. Deve ser um animal novo, que sofreu mutação da lagaRtixa.) Eu adoro picanha na tauba...(xiiii...sem comentários!) O TEXTO ACIMA NÃO É DE MINHA AUTORIA!!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Dr. Lie Cerqueira - Curriculum


Dr. Lie Cerqueira. Estudante, brilhante, da Escola Ateneu Teixeira Mendes, fez vários Cursos Profissionalizantes no Centro Caxeiral a noite. Foi vendedor ambulante na Rua dos Veados, onde comercializava Chumbinho, Calculadoras HP paraguaias, camisinhas que emitiam sons e outros objetos dos mais variados. Chegou a promover excursões para Piripiri (PI) e Nova York, interior do Maranhão. Sempre foi um trabalhador também brilhante. Chegou a tornar-se um grande empresário no ramo de Agências de modelos, que eram importadas dos mais renomados interiores do Estado. Anos mais tarde, o Dr. Lie (como gosta de ser chamado) foi morar em Guajará mirim na fronteira com a Bolívia. Dada a proximidade desse próspero país, logo trocou por um Chevete/74 uma vaga na renomada Universidade de Santa Cruz de La Sierra. Passados 11(onze anos) conseguiu formar-se, para hoje ser um dos mais renomados Médicos do Brasil e de toda a América Latina. É por isso que de vez em quando, estarei aqui publicando algumas das mais recentes descobertas e porque não dizer, alguns dos muitos milagres que esse Gênio da Medicina realiza. Peço a todos que não fiquem ansiosos, pois logo estarei publicando. ah! ia me esquecendo: O Dr. Lie Cerqueira, infelizmente não atende através de planos de saúde. Não adianta insistir com: UNIHOSP, UNIMED, CASSI, BLUE LIFE. Em compensação a generosidade desse homem fala mais alto, uma vez que ele não rejeita consultar em troca de um final de semana nos Lençõis Maranhenses ou uma troca por uma TV Tela Palana 42 polegadas, ou coisas do gênero. Pois Dr. Lie não tem vergonha de seu passado de vendedor ambulante. Deus te proteja Dr. Lie Cerqueira. Em breve voltaremos. aguarde!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Trair e teclar é só começar!

A internet criou uma nova maneira de ser infiel: começa com mensagens, evolui para confidências, logo entra no reino das fantasias sexuais. Quando menos se espera, o marido ou a mulher já estão teclando sem parar com um desconhecido. Mesmo que nunca se transfira para a vida real, a traição machuca do mesmo jeito.
Tal como acontecia com as mulheres que, no passado, nunca, jamais pensaram em revistar os bolsos do companheiro – as mãos deslizavam sozinhas, imaginem –, nem sequer passava pela cabeça da administradora de empresas carioca Janaína Porto violar a correspondência eletrônica do marido. "Foi acidental, juro", diz. No dia do tal acidente, ele estava no trabalho e ela checava os próprios e-mails no computador da família quando uma luzinha piscou avisando a chegada de uma nova mensagem. "Ele tinha esquecido o Messenger aberto. De repente, leio: 'Oi, lindo, ainda não foi para o escritório?' Eu gelei", conta. Atormentada pelo recado, buscou mais pistas no Orkut do marido. O conteúdo parecia inofensivo. "Ainda assim, eu sabia que precisava ir fundo porque ele jamais havia comentado comigo sobre aquela pessoa que parecia tão íntima", diz Janaína, que, numa atitude que ela mesma considera "bizarra", contratou um detetive virtual. Em uma semana, teve em suas mãos um relatório com todos os e-mails e mensagens de MSN, Orkut e ICQ trocados pelo marido. "Fiquei chocada. Além dela, ele falava com outras mulheres. Chamavam-se por apelidos, tinham conversas de sentido dúbio, passavam até três horas seguidas teclando. Pelo que deu para perceber, ele nunca foi para a cama com nenhuma, mas havia uma troca de confidências, uma cumplicidade e uma intensidade que havia anos nem eu provava mais", lamenta. O casamento de dez anos sofreu forte impacto. O marido não comenta o assunto, mas Janaína não tem dúvidas: "Sim, considero que ele me traía".
Qualquer pessoa normal – o que exclui da lista os não ciumentos – tende a concordar com Janaína. A traição não é apenas o contato físico, mas também, e de forma tão ou mais insuportável para o traído, a miríade de detalhes que apontam para a intimidade emocional: o sentimento de cumplicidade, a deliciosa excitação de esperar pelo chamado do outro, as confidências sobre segredos e fantasias, o prazer de ir para a cama pensando que amanhã tem mais. Na era pré-eletrônica, dificilmente esses componentes deixariam de desaguar em seu destino natural – a cama. Hoje, os serviços de bate-papo pelo computador, como e-mail, Messenger e Orkut, criaram novos paradigmas de traição e sua contrapartida, o ciúme. Existe a forma mais básica: conhecer alguém pela rede, marcar um encontro e trair. Existe o sexo virtual, que dispensa explicações. E, por fim, a forma mais complexa de relacionamento, talvez a única inovação real num campo em que não parecia haver nada de novo sob o sol desde os primórdios da humanidade, que poderia ser chamada, numa espécie de neologismo, de e-infidelidade. Começa com a troca de mensagens eletrônicas, o envolvimento vai crescendo, estabelece-se um vínculo íntimo. Tem todos os ingredientes de um caso extraconjugal, mas, na maioria das vezes, o contato físico pode nem ocorrer. Usa-se até um termo do vocabulário eletrônico – teclar – para descrever o contato. Nos consultórios médicos e de terapeutas, esse tipo de comportamento está se tornando uma das maiores queixas de maridos e mulheres. Cresce também o ambiente de paranóia eletrônica: cônjuges inseguros passam a espionar mensagens, investem contra o outro no Orkut e chegam a usar programas de hackers.
Quando se desconfia ou se descobre um aspecto da vida da cara-metade sobre o qual não se tinha a menor idéia, sobretudo se envolve um laço com alguém do sexo oposto, a maioria das pessoas quer saber mais. Aí, em geral, se repete um padrão de comportamento que não tem nada de novo: o desconfiado solta indiretas, lê e-mails, vasculha a vida virtual do cônjuge e faz marcação cerrada sobre a vida real, em busca de pistas da traição. Cria-se um círculo estressante, cada vez mais amplo, quando se passa a espionar também a vida de todo mundo que é, de alguma maneira, ligado ao infiel em potencial. Pode ser quem mandou a mensagem, quem conhece a pessoa que mandou, os parentes dela, e por aí vai. "Dito assim, parece que estamos cercados de obsessivos descontrolados, mas o que ocorre é que realmente a internet despertou nas pessoas um ciúme desmedido uma vez que permite que se vigiem coisas que sempre ficaram trancadas na privacidade de cada um", afirma o sexólogo carioca Amaury Mendes Júnior.
Entender o romance sem sexo envolve conceitos subjetivos, mas qualquer um que tenha passado pela infidelidade emocional, ou branca, como chamam os especialistas, não tem a menor dificuldade em identificá-la. "Ela tem um potencial tão devastador para afetar uma união quanto se um dos cônjuges tivesse sido pego na cama com outra pessoa", diz o psiquiatra Ronaldo Pamplona da Costa, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Classificar uma conversa por e-mail como infidelidade só parece exagero para quem ainda não sentiu na pele – ou na tela. Uma pesquisa apresentada na última conferência anual da Sociedade Britânica de Psicologia mostrou que 84% dos entrevistados consideravam esse tipo de comportamento traição, sim. "Ele falava com umas três mulheres todos os dias", conta Ráissa Ribeiro, 19 anos, modelo, sobre a crise que a levou a ficar quatro meses separada do marido, Adyr Bandeira Júnior, 25, empresário. "Todo o meu ódio era porque eu percebi que havia uma intimidade, quase um compromisso. Se fosse uma coisa boba, com desconhecidas, uma vez só, acho que eu não me importaria." A separação abalou o marido. "Ela tem razão na crítica. Eu realmente extrapolava", reconhece Adyr, que diz continuar teclando com desconhecidas, mas sob a supervisão de Ráissa – o que equivale mais ou menos a assistir a um filme erótico com a sogra ao lado. "De vez em quando ela entra de outro computador na sala em que estou, para dar uma conferida."
"Falar que não teve relação sexual é sempre uma boa defesa. Mas é grave dividir uma parte significativa da vida emocional com alguém e criar um vínculo que exclua o marido ou a mulher. Esse costuma ser o primeiro passo para a traição", afirma a psicóloga brasileira Beatriz Ávila Mileham, da Universidade Santa Clara, na Califórnia, coordenadora de uma pesquisa sobre o assunto. A infidelidade branca abre uma ferida no coração, sem dúvida – mas a traição de fato arranca sangue. É impossível avaliar com certeza quantos dos casos virtuais redundam em sexo real. Uma pista: segundo a revista americana Psychology Today, estudos recentes indicam que, em 60% dos casos, um relacionamento contínuo e profundo pela internet termina na cama. "É por isso que muitos escondem essa relação do cônjuge. Eles sabem que, no fundo, há uma tensão sexual ocorrendo", diz Magdalena Ramos, coordenadora do núcleo de terapia de casal e família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Entre as transformações monumentais trazidas pelo advento da internet, talvez as mais surpreendentes sejam as ocorridas no campo do comportamento sexual. O acesso instantâneo a informações e contatos praticamente sem limites trouxe à tona uma torrente de desejos que, décadas depois da revolução sexual, ainda surpreendem. O anonimato e a multiplicação de oportunidades alimentam o furor erótico, seja para procurar parceiros, reais ou virtuais, seja para escarafunchar todas as variantes sexuais já inventadas pelo ser humano – e algumas outras das quais ninguém nunca tinha ouvido falar. Liberados, ainda que momentaneamente, dos freios que delimitam o eterno embate entre pulsões sexuais e civilização, os usuários aproveitam. "O homem que diz que não gosta de entrar num site pornográfico está mentindo", diz o empresário R.F.L. em seu depoimento sobre experiências variadas na rede (veja quadro). Um levantamento da Yankelovich Partners Inc mostra que 60% das páginas visitadas na internet têm algum conteúdo sexual. A palavra sex é a mais escrita nos sites de busca em todo o mundo.
O acesso ilimitado a contatos com parceiros reais ou virtuais é contrabalançado pela possibilidade de que a parte que se sente enganada parta para a espionagem eletrônica. No Orkut, 9 milhões de brasileiros expõem suas informações a quem queira ver. Assim, o marido vasculha o Orkut da mulher, a mulher o do marido, o ex o da ex, a ex o da atual do ex, e todo mundo tira suas próprias conclusões. As crises de ciúme são praticamente inevitáveis. No próprio Orkut, há mais de 200 comunidades tratando do assunto. "Minha namorada vigia meu Orkut" tem inacreditáveis 25.000 participantes. "Você começa olhando uma vez por dia, depois duas, três. Eu cheguei ao ponto de olhar a página dele de cinco em cinco minutos para ver o que as mulheres escreviam para ele. Depois ia lá tomar satisfação", conta a assistente de marketing paulistana Patrícia Basílio, 33 anos, casada há dezoito, autora da instigante comunidade "Peruas no Orkut do meu marido". Antes convencida de que não havia nada que pudesse fragilizar seu casamento, ela ficou insegura. A cada mensagem feminina para o marido, um temporal desabava sobre o casal. "Olha, eu me sentia ridícula porque nunca fui ciumenta, mas aquilo me devastava. Não sabia o que era tudo aquilo, quem eram aquelas mulheres. Um dia, uma escreveu para ele: 'Saudades, você sumiu'. Se ele sumiu é porque um dia apareceu, não é? Eu me descontrolei", conta. Para evitar mais confusões, o marido cancelou seu registro. "Foram tantas brigas, tanta choradeira, tanto escândalo que eu preferi sair daquilo", diz o empresário Dener Basílio, 37 anos. Se no Orkut boa parte da conversa é pública, no MSN é possível mantê-la em total privacidade. "Eu passava muito tempo em conversas com um amigo. É óbvio que havia um clima sério. Eu me sentia viva, sedutora, desejada. Nunca nos tocamos. Mas, quando você fica empolgada com a situação, quando sente que está fazendo algo errado, acho que isso é o indicador de que você está traindo", diz a administradora de empresas carioca Patrícia Perrett, 32 anos, que manteve esse vínculo diário paralelamente a um sólido relacionamento.
O anonimato e a privacidade propiciados pela internet são poderosas ferramentas de indução à quebra de barreiras. Diante do computador, você pode ser quem quiser, falar o que tiver vontade sem passar pelos sucessivos julgamentos que o contato frente a frente propicia. Tudo fica mais explícito e exposto. Para paquerar pessoalmente, é preciso decifrar muitos sinais, vencer a timidez e ainda se assegurar de que ninguém vai descobrir nada. No ciberespaço, o contato é rápido, seguro e fácil. Para os especialistas, as razões do crescimento desse tipo de vínculo entre adultos comprometidos têm a mesma matriz: o prazer de exercitar o poder de sedução e conquista, aspectos que compreensivelmente desaparecem do casamento. Os efeitos sobre a vida do casal podem ser enormes. "A paquera passa a ocorrer na sala da sua casa. Isso é assustador", diz a fotógrafa carioca Margaret Manta, 44 anos. Desde que ela e o marido, Wagner Rios, 32, se inscreveram no Orkut, as cenas de ciúme se tornaram constantes. "Ver todo aquele movimento de mulheres mexe com a relação, sim", diz ela. Wagner corrobora a tese: "Eu fico com raiva quando leio algumas mensagens porque acho que a pessoa, no caso ela, dá liberdade para os outros falarem com um tom de intimidade acima do normal entre amigos."
Na busca para amenizar os conflitos gerados pela internet, muitos casais passaram a exigir as senhas pessoais do (a) parceiro (a). A senha do e-mail assumiu o significado que tinha a senha de banco anos atrás – como se fosse a expressão mais enfática de compromisso. Algo do tipo: "Se você não apronta, então me dá sua senha". Quem chega ao exagero de se propor a realmente investigar o outro encontra muitas ferramentas disponíveis. Há uma série de programas de computador para todos os fins e bolsos capazes de grampear mensagens e replicá-las para outras pessoas. Programas como Spector Pro 5.0, eBlaster, Keylogger e ScreenLogger são instalados nas estações de qualquer computador por meio de um e-mail. Passam, então, a enviar informações de tudo o que se faz na máquina. Pode-se baixar o programa em casa, mas quem não entende de informática costuma procurar um serviço especializado. Por cerca de 2.000 reais, o detetive vai até o computador do casal, instala o programa e passa a acompanhar a correspondência. Se a máquina está no trabalho, opta-se por outra estratégia. "Descobrimos os hábitos da pessoa. Se ela gosta de gastronomia, por exemplo, mandamos uma mensagem sobre esse assunto. Se ela abrir, o computador já passa a ser monitorado", explica o detetive Francisco Aguiar, da Philadelphia Investigações, em São Paulo, com 22 anos de experiência em apurar casos de infidelidade. Embora esses programas sejam eficazes para desvendar as infidelidades virtuais, seu uso pode virar caso de polícia, já que se trata de um crime de violação de uma forma de intimidade que é garantida por lei.
Esse tipo de prova, porém, se tornou comum em casos de separação. Nos grandes escritórios de advocacia, em 90% das separações são apresentadas cópias de e-mails e mensagens de Messenger e Orkut para configurar o que se chama de "quase-adultério". É preciso que um dos cônjuges autorize a violação do computador da casa para não criar problemas com a Justiça. Por exemplo: se a esposa acessa o computador doméstico e acha mensagens gravadas .– sem nenhuma proteção de senha – que demonstram que o marido foi infiel, nesse caso a prova é válida e legal. "Para configurar o adultério é necessário provar a conjunção carnal. Já essa figura jurídica do 'quase-adultério' significa toda situação amorosa na qual você não prova o sexo, mas prova o envolvimento amoroso", afirma a advogada Priscila Corrêa da Fonseca, uma das maiores especialistas em direito de família do país.
Evidentemente, não é a internet que estraga os relacionamentos. Mas que potencializa o dano, potencializa. O clima de suspeita e desconfiança também transforma qualquer casamento num inferno – sem contar que não redunda em nada positivo. "Ler mensagem, vigiar conversa, nada disso funciona. Não se consegue entrar na cabeça do outro. É lá que mora o desejo. E isso ninguém nunca vai conseguir localizar", explica o psicanalista e colunista Alberto Goldin, autor do livro Histórias de Amor e Sexo. Na opinião dos estudiosos do assunto, uma coisa é clara: o uso da internet já se tornou um dos assuntos inescapáveis na vida dos casais (além de dinheiro, valores morais, quem fica com o controle remoto). "É uma discussão tão importante para o relacionamento quanto a intenção de ter ou não filhos", afirma a psicóloga Beatriz Mileham. "EXTRAÍDO DE VARGINHAONLINE"